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Obras do aeroporto voltam a ficar paralisadas em São Raimundo Nonato

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Ambientalistas e estudiosos denunciam um novo capitulo da novela da construção do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Serra da Capivara, no município de São Raimundo Nonato (525 km de Teresina). O atraso nas obras irrita a população que vê na obra um catalisador para desenvolver a região economicamente através do turismo. 


Na semana passada, o governador Wilson Martins esteve na cidade e fora recebido com faixas e cartazes que pediam o retorno das obras. Ele garantiu que havia dinheiro em caixa e que estava resolvendo problemas burocráticos com a empresa responsável pela obra do terminal de passageiros. Entretanto, o fotojornalista André Pessoa e a arqueóloga Niède Guidon denunciam que os trabalhos no local seguem em ritmo lento ou mesmo completamente parado. 

 
“Está tudo parado. Eles estão trabalhando na BR 020 que é o que dá voto. O governador diz que o dinheiro está garantido mas a construtora retomou e parou. O governo quer que as coisas não dêem certo e que a região continue pobre para poder ganhar votos. A fundação tem uma empresa que se o governo privatizar (o aeroporto),  pode concluir a obra rapidamente”, desabafa Niède. Indignada, a arqueóloga que chamou a atenção do mundo para a região mostra seu sentimento de desilusão: “sinto que perdi meu tempo. O Brasil não é um país sério. Se eu fosse ladrão, eu me daria bem”. 


André Pessoa fotografou as obras e afirma que a Casa dos Passageiros está abandonada sem que qualquer funcionário tenha trabalhado nas últimas semanas. As estruturas de ferro estão espalhadas pelo chão inclusive com etiquetas especificando o local onde deveriam ser instaladas. 


Segundo o fotógrafo, o único movimento de máquinas e trabalhadores no aeroporto acontece na parte externa do terminal, onde alguns tratores e caminhões removem parte do aterro na área do futuro estacionamento. “O material está sendo deslocado para a cabeceira norte da pista, onde outro grupo de trabalhadores, não mais que 10 homens, iniciam a topografia do terreno na obra que foi iniciada ainda na primeira gestão do ex-governador Wellington Dias (PT)”, descreve.

 
André Pessoa diz ainda que engenheiros afirmam que a obra ainda levará, no mínimo, dois anos para ser concluída. 


Ele aponta ainda que um grupo de empresários do ramo de hotelaria visitará a cidade nesta segunda-feira (26), mas deve desistir de investir na região ao verem as obras paralisadas e a falta de infraestrutura da cidade que, segundo André Pessoa, está com ruas esburacadas ou sem nenhuma pavimentação, exalando mal cheiro por conta de dejetos jogados a céu aberto, com deficiência no fornecimento de luz, água e telefonia. 


Da Redação 
 
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