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Emoções e recordações marcam festa a campeões da Copa de 62

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O aniversário de 50 anos da conquista brasileira na Copa do Mundo de 1962 não poderia passar despercebido na maior metrópole do país. Nesta segunda-feira, a cidade de São Paulo inaugurou uma exposição no Memorial da América Latina (proximidades do Metrô Barra Funda, na Zona Oeste) que conta – através de objetos, fotos e imagens - todos os detalhes da conquista do Brasil no Mundial disputado no Chile. Todo o material estará aberto ao público a partir desta terça-feira.


Coube aos protagonistas do espetáculo a primeira visita. Nomes como Zagallo, Amarildo, Gilmar, Pepe, Coutinho, Djalma Santos, Jair da Costa e Mengalvio, além de representantes de Bellini e Nilton Santos, prestigiaram o evento organizado pelo Ministério do Esporte. Curiosamente, o adversário do Brasil na decisão também foi lembrado. Cinco ex-atletas da antiga Tchecoslováquia reforçaram as homenagens das autoridades presentes na exposição.

“Não é toda hora que se completa 50 anos de uma conquista, hoje essa moçada está de cabelo branco. Todos nós ficamos muito satisfeitos com esse convite e pela chance de rever o pessoal que faz tempo que não via”, exaltou Zagallo, campeão mundial como jogador, técnico e coordenador.

O momento de maior emoção ficou com a presença do ex-goleiro Gilmar dos Santos Neves. Mesmo limitado a uma cadeira de rodas, ele esteve no palco e chorou ao receber uma placa por suas glórias. “Essa é a coisa mais gostosa do mundo, reviver tudo o que passamos e voltar a conviver com o pessoal”, afirmou o ex-atacante Coutinho.

Momento de superação: No encontro desta segunda-feira, os brasileiros admitiram que a perda de Pelé em função de uma contusão durante o jogo contra a Tchecoslováquia ainda na primeira fase virou uma grande preocupação no Chile. “Foi um momento que nos balançou, ele era o melhor do mundo”, reconheceu Zagallo.

Restou a Amarildo a missão de substituir o Rei Pelé. O ex-atacante avisa que nunca se preocupou em jogar no mesmo nível do Atleta do Século e, por isso, demonstrou sua utilidade em campo. “O Pelé é insubstituível, eu entrei para tentar honrar, dei o máximo que poderia, colaborei, futebol não é um que ganha, mas sim o coletivo”, disse.

A contusão de Pelé também proporcionou um lance curioso aos tchecos durante a Copa. O atacante Masopust ficou conhecido pelo ato de fair play no momento da contusão do brasileiro. Ele apenas cercou o adversário ao perceber que o camisa 10 estava sem condições de jogo e desistiu de um ataque maior na marcação.

“Quando aconteceu que Pelé se machucou, estávamos na lateral do campo. Quando ele recebeu a bola, fui atacá-lo na marcação, mas fiquei consciente de que estava ferido, então eu parei a dois metros dele. O Pelé fez o passe pela linha lateral e deu a bola para a Tchecoslováquia”, explicou o ídolo tcheco, autor do gol de seu País na derrota contra o Brasil por 3 a 1 na final disputada em 17 de junho.


Fonte: Gazeta
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