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Defesa de Elize diz que marido não era rico

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O advogado Luciano Santoro, defensor de Elize Matsunaga, considerou “sem cabimento” a acusação do Ministério Público de que a sua cliente matou o marido, o empresário Marcos Matsunaga, por dinheiro. Em entrevista, Santoro afirmou que o executivo da Yoki “não tinha patrimônio considerável, mas tão somente um apartamento e dois carros”. Disse também que Elize e Marcos levavam uma “vida relativamente simples, sem ostentar riquezas, que aliás não as tinham”.

Na avaliação do advogado, “a mídia acabou criando uma imagem de luxo que não corresponde à realidade do casal”. 


— Com o devido respeito ao entendimento do nobre promotor [José Carlos Cosenzo], esta motivação [financeira] não tem o menor cabimento, por inúmeras razões. Primeiro, porque o senhor Marcos Matsunaga não tinha um patrimônio considerável, mas tão somente um apartamento e dois carros. Segundo, porque o seguro de vida não era de valor significativo, aliás, seu valor era equivalente aos feitos diariamente por pessoas de classe média, em qualquer banco. Terceiro, porque o padrão de vida que o casal mantinha decorria exclusivamente do salário do senhor Marcos, tanto que mantinham uma vida relativamente simples, sem ostentar riquezas, que aliás não as tinham.

Antes de morrer, Marcos Matsunaga havia feito um seguro de vida no valor de R$ 600 mil. As beneficiárias eram Elize e a filha do casal.

À polícia, Elize contou que matou Marcos após ser agredida, durante uma discussão provocada por ciúme. Com a ajuda de um detetive, conseguiu comprovar a infidelidade do marido. 

— Acreditar que Elize matou seu marido por causa do vil metal é desmerecer os sentimentos humanos, é acreditar que as pessoas reagem às agressões sofridas como se fossem robôs ou que sempre pensam antes de agir. O homem não é assim, tomamos atitudes impensadas, irracionais, quando nos sentimos acuados, amedrontados. 

Já o advogado da família do empresário Marcos Matsunaga, Luiz Flávio D'Urso, avaliou que a acusação do promotor é adequada. Ele afirmou que não tem conhecimento sobre aspectos da vida financeira e dos costumes do casal, mas lembrou que a filha de Elize com o empresário é “herdeira de um império”. 

— Uma das facetas da acusação é verificar esse aspecto, inclusive, da herança que a criança [filha do casal] terá direito. Ele [Marcos] podia não ter grande fortuna, mas era herdeiro de um império. E esta criança também é herdeira de um império. Vai herdar não só o patrimônio dele [Marcos], mas, no futuro, herdará também o patrimônio dos avós.
Para D' Urso, a denúncia do Ministério Público está “muito bem posta” e “retrata satisfatoriamente a conduta de Elize”. 

— Acho que a denúncia está muito bem posta, tecnicamente adequada e retrata satisfatoriamente, na acusação, a conduta da Elize, que matou com crueldade, por motivo fútil e torpe e dificultando a resistência da vítima, inclusive, depois esquartejando o corpo.


Fonte: R7 
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