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Gaby Amarantos quer ser Michele Obama do Brasil

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Gaby Amarantos se define como a tradução quase literal do patchwork, técnica que une tecidos com uma infinidade de texturas e formatos variados. Apesar do sucesso de Ex My Love, tema da novela Cheias de Charme, as músicas da cantora paraense ficaram em segundo plano por conta de seu estilo único, algo como uma Elke Maravilha dos anos 2000. É o que conta a versão impressa da coluna Época, nas bancas neste sábado. “As mulheres brasileiras querem ser como eu, usar o que quiserem sem medo de errar. Isso é uma prática nova por aqui. O meu visual é muito específico e estou sugerindo uma pós-atitude, tudo muito vanguarda”, afirma ela.


Parece que tem dado certo. Gaby é apontada por estilistas como Victor Dzenk, André Lima, Ronaldo Fraga e Walério Araújo o ícone fashion da vez. “Ela pode tudo. Faz um liquidificador de referências e fica bem”, diz Dzenk. “Adoro lançar novos estilistas. Quero ser a Michele Obama do Brasil”, diz Amarantos, se comparando à primeira-dama americana que, volta e meia, alça um ou outro novo designer ao estrelato. Enquanto se prepara para fazer turnê na Europa, em setembro, Gaby sonha em lançar uma grife.

De onde vem seu estilo?

Minha mãe, cansada de ver as mesmas roupas no bairro de Jurunas, na periferia de Belém do Pará, levava suas criações para as costureiras e mandava fazer vestidos com caudas, mangas bufantes, cores berrantes e maquiagem caprichada. Achava lindo ela ter essa coragem para a época, no início dos anos 80. Eu era sua cobaia. Aos oito anos, pedi de presente o figurino da personagem Elvira, a rainha das trevas. Ela mandou fazer na hora.

Você cria os modelos?

Tenho a ajuda de profissionais, mas sempre dou pitaco. Vou usar um look do Ronaldo Fraga no especial Cantoras do Brasil (no ar no segundo semestre deste ano pelo Canal Brasil) em homenagem a Clementina de Jesus. Achei o modelo muito simplesinho e coloquei penas de pavão na cabeça. O Ronaldo adorou.


No dia a dia, como se veste?

Mesmo que eu esteja com um vestidão, vai ter uma estampa gigante. E, se uso calça jeans, coloco uma bota dourada, uma peça que vai pontuar a Gaby. Sou peculiar e vim para sacolejar, desconstruir, derrubar tudo. Não sou fabricada. Não tenho equipe de marketing. Sou eu com minha loucura.

Cansou-se do título de Beyoncé do Pará?

Em 2010, depois de 18 anos de carreira, tive a primeira projeção nacional e fizeram a comparação, mas, graças a Deus, já não falam mais. Eu amo a Beyoncé, ela é meu alterego. Tem gente que brinca que a Beyoncé que é a Gaby dos Estados Unidos.


Como vai ser a grife que pretende lançar?

As mulheres estão adorando o meu visual e começando a consumir essa moda. Quero fazer coisas diferentes, porque não vou me moldar para vender roupa sem a minha verdade. Represento a mulher brasileira, corpuda, robusta, gostosona, que não quer fazer dieta para ficar seca. Estamos quebrando o estereótipo da beleza. É uma revolução mesmo.

Fonte: Época
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