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"Vivo do salário", diz Demóstenes Torres

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No segundo discurso desta sexta-feira (6) no plenário do Senado, Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou que “quase não tem patrimônio”. O senador discursou em quatro dias desta semana. Na quarta-feira (11), o plenário da Casa decide se cassa ou não o mandato do parlamentar.


Para um plenário vazio, Demóstenes afirmou que nunca se beneficiou do esquema de jogo ilegal comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Ele é suspeito de usar o mandato em favor do contraventor. “Vivo de salário. Não tenho chácara, não tenho fazenda, não tenho gado, não tenho ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão nas declarações de imposto de renda”, afirmou.

O senador destacou que o único imóvel próprio que possui é um apartamento que só será quitado daqui a 30 anos. “Quando voltei a me casar, passei a morar no apartamento funcional da minha enteada, que o pai dela lhe deixou de herança ao morrer. Só agora, há menos de três meses, me mudei para um apartamento que eu e minha esposa compramos a ser quitado em 30 anos. Vou terminar de pagar o imóvel quando eu tiver 80 anos”, disse.


Demóstenes afirmou que é "pidonho", mas jamais fez demandas ilícitas ou destinou emendas parlamentares para "atender a esquemas". Ele disse que todos os atuais e ex-ministros do Executivo, governadores e prefeitos são "testemunhas" de que ele jamais fez pedidos que atentassem contra a legalidade.

"Vão dizer que mesmo sendo da oposição, sempre fui muito pidonho, mas nunca reivindiquei nada direcionado, nada de indicação de obras para empreiteira, nada de privilegiar uma cidade para atender a esquemas."

O senador voltou a dizer ainda que as gravações feitas pela Polícia Federal não apontam que ele tenha cometido ilegalidades. “Quando digo que sou inocente é porque além da minha garantia pessoal, existem fatos concretos. As gravações mesmo que fossem legais não apontam para quebra de decoro. Por isso minha insistência em sanar as dúvidas antes que ocorra o pior”, afirmou.

Ele também reafirmou que está "deprimido" com as acusações. “A depressão que me invadiu, além desse episódio de ataque a minha honra, me impede de ouvir música, meu único prazer. A depressão é doença grave, mas não de longe é meu principal problema. A questão número um é a injustiça. É injusto me associar a esquemas, pois sempre vivi fora deles.”

Fonte: G1
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