O coreógrafo Carlinhos de Jesus ilustra a capa da edição de Julho da revista "Mensch". Em entrevista à publicação, ele falou sobre o que mudou em sua vida após a morte do filho, Dudu de Jesus, que foi morto a tiros em julho do ano passado.

A mudança foi total, passei a ver a vida como ela é: uma passagem. A dor desta perda é tão intensa que nos leva a reavaliar todos os nossos conceitos. Meu filho era meu companheiro, muito presente, muito alegre, vivia intensamente, acho que tinha o pressentimento de que viveria pouco, me deixou este ensinamento", disse.

Ele também afirmou que não se vê longe da dança e pode até "aposentar o dançarino, mas nunca o coreógrafo". "Tenho imenso prazer e total identidade com minha atividade profissional. Tudo que consegui até hoje devo à dança, ela me dá a oportunidade de sobrevivência e realização profissional. Não me vejo afastado da dança, pois esta é a minha vida. Sei que chegará uma hora que terei de aposentar o dançarino, mas jamais aposentarei o coreógrafo, o diretor artístico, o roteirista ou o empresário da dança. Não cheguei ao auge, tenho muito que fazer pra chegar lá", garantiu.