Não há como contar a história de uma cidade, ou de uma civilização, sem falar em música. Em Teresina não é diferente. A capital evoluiu tendo como pano de fundo sucessos nacionais e regionais. O Espaço de Dança Daniel Moura lembrou, através dos movimentos, a história da cidade com o baile “Teresina 160 anos”, realizado na Casa da Cultura.

A música ficou por conta da Orquestra Tamoio, que relembrou os espetáculos que promoviam encontros sociais desde a década de 50 do século passado. Em destaque, foram relembradas as famosas tertúlias, onde os jovens casais se divertiam e os novos pares da capital se formavam.

Na década de 50, as canções relembradas foram “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga e “Nada Além”, de Mário Lago. Chiquinha Gonzaga fez fama compondo ao piano grandes sucessos e marchinhas de carnaval. As canções retravam o amor ingênuo da época e as dores de amor. Mário Lago fez fama no teatro e também retratou mulheres fortes em suas letras.

A era das divas do rádio também foi relembrada, assim como o sucesso de Lamartine Babo nas composições para grandes interpretes. O sucesso “Cantoras do Rádio” foi imortalizado por Cármen e Aurora Miranda.

O rei do Baião, Luiz Gonzaga, marcou era. A passagem do artista pelo Piauí também foi destacado. O nordestino que marcou a história da música serviu ao exército brasileiro no Estado. Nas forças armadas ele participou da banda.

O xote “Amargo feito jiló” foi a canção escolhida para ser interpretada pelo Espaço de Dança Daniel Moura. O figurino também remetia à época em que o rei do Baião cruzava o país levando a cultura nordestina.

O ritmo surgiu na década de 60 e lançou nomes como Elvis Presley para o estrelato. Em Teresina, a “onda” do momento eram as festas no Clube dos Diários. A brilhantina e as roupas de couros marcaram época e ainda hoje são sucessos na moda.

Ele fez sucesso nas letras e ajudou a por para frente o movimento “Tropicalismo”. Com ele, a arte do Piauí foi conhecida nacionalmente e sucessos como “Soy loco por ti América” e “Go Back” são conhecidas como clássicos da música brasileira.