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Candidatos em capitais têm 58% das verbas doadas por partido

Os candidatos a prefeito em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre receberam 58,5% de suas verbas de campanha até agora dos próprios partidos. A média exclui os 16 candidatos que não receberam recursos de suas legendas, entre os 38 de 49 pleiteantes a prefeito nessas capitais que compõem a base de dados do TSE da primeira prestação de contas parcial em 2012.

Uma parte da verba repassada pelas agremiações políticas provém das chamadas doações veladas, ou ocultas, quando uma pessoa física ou jurídica doa uma quantia ao partido, em vez de ao candidato especificamente. Assim, empresas e cidadãos podem financiar campanhas sem serem diretamente ligados aos pleiteantes a cargos públicos.

Dos 22 políticos que ganharam dinheiros dos partidos, oito estão usando essa verba como a única fonte de pagamentos para as despesas de campanha. Nos outros casos, os percentuais variam de 70%, no caso do R$ 1 milhão declarado por Marcio Lacerda (PSB) em Belo Horizonte, a 0,3%, no caso dos R$ 239,3 mil informados por Celso Russomanno (PRB).

Em São Paulo, além do candidato do PRB, outros quatro receberam dinheiro das legendas: para Gabriel Chalita, a direção nacional do PMDB deu 100% dos R$ 400 mil; para Fernando Haddad, o PT deu 32,3% do R$ 1,46 milhão; para Miguel Manso, o PPL deu 25% dos R$ 11,9 mil; e para Ana Luiza Gomes, o PSTU deu 10,3% dos R$ 5,4 mil.

Em Belo Horizonte, onde três dos oito candidatos apresentaram os dados ao TSE, Lacerda tem o maior recurso, mas uma parte dele não é oriunda de sua legenda. No caso de Patrus Ananias e de Vanessa Portugal, PT e PSTU são a única fonte dos R$ 897,5 mil e dos R$ 2,2 mil, respectivamente.

No Rio de Janeiro, dos cinco (de oito) candidatos listados, Marcelo Freixo recebeu 17,9% dos R$ 102,9 mil do Psol, enquanto Eduardo Paes recebeu 69,3% dos R$ 2,88 milhões do PMDB. Rodrigo Maia (DEM) somou 37,5% dos R$ 80 mil declarados. Dois candidatos não receberam esses recursos: Otávio Leite (PSDB), com R$ 97,5mil, e Fernando Siqueira (PPL), com R$ 13 mil.

Em Salvador, onde cinco dos seis candidatos já prestaram as contas parciais, apenas Márcio Marinho (PRB) e ACM Neto (DEM) receberam dinheiro das legendas - 15,3% dos R$ 295 mil e 68,17% dos R$ 890 mil, respectivamente. Nelson Pelegrino (PT) apresentou R$ 500 mil em recursos, Mario Kertész (PMDB), R$ 6.780, e Hamilton Assis (Psol), R$ R$ 5.350.

Em Porto Alegre, seis dos sete candidatos apresentaram os números, e apenas dois têm financiamento pelo partido - Manuela D'Ávila recebeu da direção nacional do PCdoB 100% dos R$ 450 informados ao TSE, e Adão Villaverde recebeu do PT nacional também a totalidade dos R$ 95 mil que declarou. José Fortunati (PDT) apresentou R$ 69,1 mil, Roberto Robaina (Psol), R$ 9,9 mil, Érico Corrêa (PSTU), R$ 2,4 mil, e Wambert Di Lorenzo (PSDB), R$ 1,3 mil.


Fonte: Terra
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