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Operação Aspásia: Garota de programa diz que foi isca de policiais

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Uma das presas na Operação Aspásia, acusada de aliciamento de menores, que permitiu ser identificada apenas pelas iniciais R.P.M.L., 24 anos, contou para a TV Cidade Verde e o Cidadeverde.com como foi realizada sua prisão, que segundo ela, aconteceu com excessos.


R.P.M.L. disse que havia saído da vida de garota de programa e estava trabalhando em um estabelecimento social, mas que ainda fazia programas com clientes antigos, exporadicamente. No dia de sua prisão, um homem que se identificava como Rafael, um cliente supostamente antigo, começou a ligá-la por volta das 17 horas.

Ela nega que tenha envolvimento com aliciamento de menores e acredita que a forma que se deu sua prisão foi irregular, já que em nenhum momento, segundo ela, os policiais deram voz de prisão, além de a terem pego  por volta da meia-noite do dia 13 de agosto.


"Uma pessoa me ligou dizendo que era Rafael, um cliente antigo, que queria um programa. Eu disse que podia ser depois das 22h30, que era a hora que eu saía do trabalho e marquei no Extra Supermercado, longe do meu trabalho e da minha casa. Eu fiz um antes e depois voltei para o Extra para esperá-lo. Ele chegou por volta das 23h40 e ai eu vi que não era o Rafael que eu conhecia, mas mesmo assim fui", explicou a jovem, que não desconfiava que iria ser presa momentos depois.

Ela disse que seguiram para a zona Sudeste para um motel. "Quando chegou na frente do Arco-Íris, ele não quis entrar dizendo que queria ir para o motel da tia dele. Eu disse que pra lá não ía, mas que podia ir para o Não Sey. Na hora que chegamos na entrada do Não Sey, outro homem surgiu não sei se do bagageiro ou do banco de trás, com uma arma nas minhas costas. Eu fiquei com medo, já que não sei se eram policial ou bandido. Pensei, vão me matar!", afirmou R.P.M.L.


Segundo a jovem, eles queriam que ela entregassem uma suposta menor, que ela dizia não conhecer. "Eles estavam me levando para a zona Sul, depois que percebi que estavam me levando para a Cico. Não deram voz de prisão e não disseram que eram policiais. Se tivessem feito uma abordagem normal, dizendo que era a polícia, eu teria ficado mais calma, mas só soube que tinha um mandado de prisão para mim, já quando o delegado Daniel me dava pressão psicológica. Que eu perguntei qual era a acusação", destacou.

Para a acusada, a polícia chegou até ela, por causa do chip de celular, que ainda é o mesmo de quando fazia programa e tinha uma ligação com outra mulher presa, Andreska Kiccy, mas, que após o nascimento de seu filho, há cerca de dois anos, havia deixado de fazer programa.

"Eu tinha fotos no site Mostra Teresina e em outro, mas já faz tempo que deixei e trabalhava sozinho. Eu tava tentando levar uma vida normal, depois que meu filho nasceu. Mas, eu não tinha mudado de chip. Eles queriam que eu desse conta de uma 'de menor', que eu não conhecia", declarou.

R.P.M.L. ficou presa durante dez dias e afirma que agora está desempregada, com um filho para criar, aluguel para pagar e diz que terá que voltar para vida. "Vou voltar para o que eu fazia antes, já que todo mundo já sabe que fui presa e estou desempregada de novo, agora com um filho, que adoece, para cuidar", argumenta.

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Caroline Oliveira


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