O governador Wilson Martins negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma operação de crédito no valor de R$ 400 milhões. A negociação visa garantir o início da construção da adutora do Semiárido que tem o intuito de amenizar o problema de abastecimento d’água em vasta região do polígono das seca
O restante da obra, cujo custo total está avaliado em cerca de R$ 1 bilhão, será custeado com recursos próprios do Estado. A adutora levará água a partir da região de Cristino Castro para cerca de 44 municípios do Semiárido, que hoje enfrentam uma das piores secas da história.
![](http://www.cidadeverde.com/noticias/editor/assets/img59/adutod.jpg)
Governo vai levar água para região da seca (Foto:Kalberto Rodrigues/PK)
De acordo com o projeto do Governo, a adutora utilizará o manancial do aquífero Cabeças, um dos maiores do Brasil. A água será levada através de bombas para a localidade Serrinha, no município de Caracol, a 605 quilômetros da capital. De Serrinha, que fica a mais de 700 metros acima do nível do mar, será distribuída aos municípios beneficiados por gravidade, através de uma rede de adutoras de cerca de 600 quilômetros de extensão.
O aquífero Cabeças, segundo estudo de pesquisa hidrogeológica feito por geólogos da representação regional do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), possui uma área 24,3 mil quilômetros quadrados e fica no extremo Sudeste do Piauí, próximo as fronteiras com os estados da Bahia e Pernambuco.
O estudo mostra que o Cabeças é a unidade geológica da bacia sedimentar do Parnaíba que ocupa a maior superfície aflorante em sua borda Sudeste, distribuindo-se em larga faixa de direção Norte-Sudeste, podendo alcançar cerca de 75 quilômetros de largura em sua porção central.
“Vamos construir um grande reservatório em Serrinha e de lá resolver um problema secular do Piauí, que é a falta de água no Semiárido. Estou bastante disposto a trabalhar muito para a realização dessa obra”, disse Wilson Martins.
Da Editoria de Cidades