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Presidente do TJ/PI faz desabafo e afirma: "Nada suplanta a honradez"

Um dia após a divulgação do relatório das inspeções nas comarcas do Piauí, a presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargadora Eulália Maria Ribeiro Gonçalves Nascimento Pinheiro, reage lendo um texto falando de "honra" e "hombridade". 



Evelin Santos/Cidadeverde.com




Ela abriu a coletiva com a imprensa, realizada na manhã de hoje (04), lendo um texto de Inácio Dantas, que diz:


"Sua honra é a sua identidade, documento que lhe abre passagem para trilhar qualquer caminho no mundo. É um documento de vida. Um bem imaterial incomparável, insubstituível. Nada suplanta o valor da honradez! Perder a honra é perder a própria referência, é divorciar-se de si, é viver apátrida. Proceda em todos os momentos com ombridade. Seja um homem de brio, de "cara limpa", bons predicados e conceito ímpar. Se der a palavra, cumpra; se lhe confiarem algo, seja fiel; se falhar, desculpe-se. Seja íntegro, verdadeiro, bom amigo, bom cidadão, e moral ilibada. E lembre-se sempre: a honra é o pacto entre Deus e o homem. Quebrá-lo é romper o cordão umbilical da dignidade, é findar a razão da vida, é morrer antecipadamente!"





“Eu faço as palavras de Inácio Dantas as minhas. Eu procuro servir, recebo essa minha atividade, hoje, de presidente como missão divina e não como conquista”.

A desembargadora afirmou que se sente no dever de conversar com a imprensa sobre os fatos e declarou sua preocupação com o resultado dessa inspeção do CNJ, que foi classificado pelo corregedor do TJ, Francisco Antonio Paes Landim Filho, como "deplorável" a situação em que se encontram as comarcas.



Eulália afirmou que está como presidente do TJ como missão divina. A desembargadora atribui problema de gestão e responsabilidade dos juízes a situação dos fóruns.

"Eu não quero culpar ninguém, mas o prédio é de responsabilidade dos juízes e há um repasse de R$ 8 mil para manutenção. É um problema de gestão", disse.


Segundo ela, o Tribunal tem 120 anos de existência e que ela só está há 90 dias no cargo de presidente.






“Eu não sinto que descumprir nada. Não sou uma pessoa fechada a conversa, a imprensa e ao público. Tenho a vida reservada pela forma de criação. Eu tenho a honra como tudo que tenho na vida e não há dinheiro e nem status acima da honra”.


A desembargadora lembrou que quando era juíza nas comarcas do interior chegava a tirar dinheiro do próprio bolso para agilizar ações na comarca onde era responsável, numa época em que não existia nem telefone.


Ainda segundo ela, quando foi corregedora, vários juízes foram punidos administrativamente, mas não fazia divulgação desses fatos.


Livro de cabeceira da desembargadora Eulália


Uma comissão de licitação foi nomeada para agilizar o plano de metas determinado pela ministra Eliana Calmon.


Flash de Yala Sena
Redação de Leilane Nunes
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