Cidadeverde.com

TV Cidade Verde promove novo debate sobre caso Fernada Lages

Imprimir
O programa Jornal do Piauí promoveu na tarde desta quarta-feira (06) mais um debate sobre o caso da estudante Fernanda Lages, morta no dia 25 de agosto de 2011. Participaram da discussão o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/PI, Lúcio Tadeu, o advogado Leôncio Coelho, o repórter Joelson Giordani e o jornalista Galego.

 
Mediante os fatos ocorridos e em relação ao esperado resultado da conclusão do inquérito sobre a morte de Fernanda Lages, os convidados expuseram suas opiniões sobre os últimos acontecimentos.
 
O primeiro questionado durante a entrevista foi o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/PI, Lúcio Tadeu. Ele relatou que pelo fato do local do crime não ter sido preservado é improvável que se chegue ao resultado real.

 
“Falamos na época do prejuízo imensurável e irreversível que se teria por não ter sido realizado a preservação do local do crime. Não conheço os altos do inquérito, mas posso dizer que deveria ter sido feita a preservação não só local, onde foi encontrado o corpo, mas desde a avenida até o local, onde foi encontrada a sapatilha dela (...). Qualquer resultado será suspeito por que o local é inidôneo [não confiável]”, disse.
 
Ainda de acordo com o presidente, alguns fatores contribuíram para a ineficiência dos trabalhos realizados na época pela polícia civil no caso. “Nossa polícia científica é deficiente, assim como as aparelhagens que não são de alta precisão, mas sim de média precisão”, ressaltou.

 
O advogado Leôncio Coelho, durante a discussão foi questionado pelo repórter Joelson Giordani, se a não preservação do local teria ocorrido porque os peritos que estiveram no local subestimaram o crime.
 
“Talvez subestimou-se o crime. Eu não tenho papas na língua. A quem interessa encobrir um homicídio? Questionou. A principal matéria de um crime é o cadáver, pois ele pode ser analisado por um médico legal. O corpo possui massa e é ele que diz como foram feitos os ferimentos”, informou Leôncio Coelho.

 
O jornalista Galego disse que a sociedade não é boba e que espera uma resposta das autoridades sobre esse crime. “Com todo respeito à Polícia Federal, mas muitas provas foram apagadas. Não queremos que tripudiem da cara de todos. Se a Polícia Federal vier com a hipótese de suicídio, onde eu vou amarrar meu burro?", questionou.
 
Geísa Chaves (Especial para o Cidadeverde.com)
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais