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Caso Diego: mãe nega maus tratos e denuncia que vem sofrendo ameaças

A mãe do menino Diego, Auridéia dos Santos, prestou depoimento na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente nesta quarta-feira (26). O bebê de 1 ano e 6 meses estava sendo alvo de uma campanha nas redes sociais por conta de seu estado de saúde subnutrido. Ela também está sendo investigada por supostamente negligenciar cuidados dos outros sete filhos que vivem em Teresina e estavam espalhados na casa de conhecidos ou parentes. 


O chefe de investigação da DPCA, Joatan Gonçalves, afirma que a polícia conseguiu localizar os nove filhos de Auridéia, sendo que um deles mora com o pai, na Bahia e é maior de idade. “Conseguimos localizar ela e os filhos. Os menores (de idade) foram abrigados. Ela tem uma filha de 17 anos que é emancipada, está casada, e um outro de 19 anos que está com a avó paterna”, descreve. Uma menina de dois anos será submetida a um exame para verificar se ela foi violentada. “A Justiça vai decidir o que irá acontecer com estas crianças”, acrescenta. 


Aucideia falou com a TV Cidade Verde e diz não saber porque está sendo alvo de críticas e diz que não há razão para ser indiciada por qualquer crime. “Eu mesmo não tô sabendo de nada. Nunca imaginei que fosse passar por isso. Estou tomando as providências, quero provas de tudo o que estão me acusando porque eu sou uma mãe boa e cuidava deles”, garantiu. 

Sob as informações de que tinha muito lixo em sua casa, a mãe das crianças rebate: “minha casa não tinha lixo. A minha madrasta que mora do lado tem um desvio do juízo e botou o colchão perto do fogareiro. Aí incendiou e o fogo passou pra minha casa”, justificou.

Aucideia diz que seu filho mais novo chegou a ficar com o quadro de desnutrição após um problema de dentição. “Ele começou a nascer o dente. A gengiva dele inchou, ele deu (sic) diarreia. Eu saia pedindo alimento, leite, lavava roupas. Recebo R$ 395 do Bolsa Família. Eu tenho meus problemas, não tenho casa, não tenho um lar. Na minha casa eu passo muita fome, não tinha leite pra dar pra ele. Ele tomou vacina nos 4 meses e deu febre. As pessoas ao invés de me ajudar estão criticando pra ver se eu vou presa”, afirma. 

Ontem, a DPCA autorizou exame médico em uma das filhas da acusada, para detectar se houve estupro na criança de dois anos.

Sobre os rumores de que teria deixado o bebê embaixo da cama dentro de uma bacia, a mãe da criança reage. “Não to me escondendo. Tem gente que quer me denunciar pra ficar com meu filho. Jesus me dê a vitória e me ajude. Nunca deixei meu filho dentro de uma bacia de baixo da cama. Isso é mentira, eu tenho uma menina de 12 anos que tem a natureza ruim (e fez isso). Essa que me denunciou também me ameaçou de morte, quer meu filho. Não vou dar meu filho! Ela ficou com meu filho quando eu pedi ajuda. Mas agora ela tem que provar. Eu só sou assim por causa dos meus comprimidos. Dia 18 vou bater o eletro da minha cabeça e trazer aqui pra delegacia”, diz. 

Aucidéia afirmou ainda que quer voltar a viver com os seus filhos. “Eu pedi ajuda pra outras pessoas porque não dá pra manter 7 crianças. Eu não tenho casa, não tenho trabalho. Quero que meus filhos voltem, eu amo eles. Quase fico doida. Pedi pra ficarem com eles até a minha vida ajeitar”, pontua. 

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Carlos Lustosa Filho
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