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Gilson afirma que morte da noiva foi acidental e que tentou suicídio

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Gilson Ferreira de Silva, acusado de matar a noiva Ana Paula Rodrigues Gomes, foi apresentado ao meio dia de hoje (02), durante entrevista coletiva na Delegacia Geral. O promotor Benigno filho, que acompanha o caso, informou que Gilson prestou depoimento e disse que a morte da noiva foi acidental.


Evelin Santos/Cidadeverde.com


"A advogada está defendendo a tese de que ele foi beijá-la e ela lhe mordeu. Como reflexo da ação, ele apertou o pescoço da jovem", disse o promotor. 


Crime


De acordo com o delegado Jeferson Callume, titular do 8º DP, o jovem confessou o crime. Porém, disse que apenas estrangulou a noiva. "O que ele fala como estrangulamento é que apenas apertou o pescoço dela. Não temos enforcamento, mas apenas esganadura ou sufocar pelas mãos. Em seguida ele disse que ouviu um pequeno estalo e ela desfaleceu. Entretanto, a perícia já nos adiantou que o osso do pescoço foi quebrado e provocou a morte iminente", contou o delegado.




O fato aconteceu por volta das 14h10. Em depoimento, Gilson contou que o casal foi até o motel por sugestão da jovem para que pudessem discutir a relação. Gilson disse que havia ciúmes por parte dos dois e, por conta disso, começaram uma discussão. 


"Eles tinham uma discussão e a ida ao motel teria sido provocada por ela mesma, que queria ir até lá discutir a relação. Durante a discussão, houve a situação [crime] e em seguida outro crime de ocultação de cadáver. O motivo da discussão coloca como pano de fundo ciúme recíproco. Cada um cobrando ciúme do outro, só que ele tem uma situação de dependência muito maior em relação ao afeto da moça e ele diz que durante a discussão houve a quebra do pescoço", afirmou Jeferson Callume.




Fuga


Gilson teria fugido de Teresina ainda na terça-feira, no dia do crime, para Luziânia (GO), onde pediu abrigo para a tia Rosemir. "A tia não sabia o que havia acontecido. Mas nós já tínhamos o sistema de inteligência trabalhando. Em seguida, ele se entregou voluntariamente e foi solicitada a prisão preventiva, que nós apresentamos ao juiz e foi concedida a fim de que ele fosse trazido para cá", explicou Benigno Filho.




Acusações


Além de ser acusado de homicídio doloso, Gilson Ferreira da Silva também responderá por ocultação de cadáver, já que o corpo da jovem foi encontrado embaixo do colchão do quarto do motel onde o casal estava.


"Embora a defesa vá sustentar a tese de morte acidental, ele não poderá fugir da condenação por ocultação de cadáver, que é um crime contra os mortos", disse o delegado Jeferson.




Premeditação


A delegada da Mulher, Alexandra de Sousa, disse que não acredita em premeditação. "Ele esteve num momento de súbita raiva, levantou o corpo dela pelo pescoço e acabou com a morte dela. Acredito que ele, no momento, a raiva aconteceu e ele cometeu o crime. Mas só ele pode responder", disse a delegada. 


Tentativa de suicídio


Quando estava preso em Luziânia (GO), Gilson tentou suicídio. "Aconteceu de fato. Ele verbalizou durante oitiva e ele estava com uma marca de forma oblíqua no pescoço. Ele disse que houve essa tentativa e diante disso vamos manter cautela em relação a ele no sistema prisional. O suicida tenta num primeiro momento após ter cometido crime. O sistema prisional tem que se acautelar. Ele chorou durante toda a oitiva dizendo-se arrependido", afirmou Jeferson Callume.


Flash de Carlos Lustosa Filho
Redação de Leilane Nunes

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