Cidadeverde.com

Pesquisador de MG tenta preservar sítios seguindo modelo do Piauí

Imprimir
O trabalho da arqueóloga Niède Guidon na Serra da Capivara é uma referência em todo o mundo e serve de inspiração para novos pesquisadores pelo exemplo de São Raimundo Nonato para realizar seus estudos. Entre eles está o mineiro Thiago Pereira que apresentou em Córdoba, Argentina, uma pesquisa sobre sítios arqueológicos da Lapa Pintada, na região norte de Minas Gerais, e como o Piauí é um exemplo positivo. 

Fotos: Arquivo pessoal

Detalhe de pintura de um dos sítios da Lapa Pintada

Thiago pretende se espelhar no exemplo piauiense e criar uma área de preservação em seu estado, onde as inscrições rupestres da área que estuda estão desprotegidas e não raro são alvo de vandalismo. Através do seu trabalho, ele quer sensibilizar as autoridades e a população do valor da região para a Ciência e para o turismo. 


Paredões pichados

“A Lapa Pintada tem sido alvo de estudos mas está mal preservada por uma falta de políticas de educação patrimonial. Desde os períodos mais remotos até recentemente, as pessoas ainda passam por ali, nadam, pescam, e danificam as pinturas com fogo nos paredões e pichações”, descreve. 


Pra Thiago, a Fundação Museu do Homem Americano (Fundham) possui um trabalho sólido a partir de uma realidade semelhante e que hoje goza de desfruta de uma boa reputação, embora ainda conviva com dificuldades econômicas e destaca o trabalho de Niède Guidon. 

“Os esforços e trabalhos consolidados pela Fumdham no sudeste piauiense colocaram o Piauí na rota dos estudos da comunidade científica internacional. Podemos transformar Jequitaí também em uma referência. Se queremos aprender, conhecer parte da nossa pré-história, precisamos seguir os passos desta grande pesquisadora”, pontua. 


Thiago Pereira, no Piauí


Carlos Lustosa Filho
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais