A cidade de Parnaguá, fundada em 1762, é um berço de ilustres piauienses decisivos para a nossa história. É um dos municípios mais antigos do estado e guarda em suas terras e águas passagens que são fundamentais para entender o Piauí.
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Fotos: Simplício Júnior/TV Cidade Verde
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Foi lá que nasceram os Cunha Lustosa, uma das famílias colonizaram o Estado e provocaram o surgimento de fazendas e povoações. Um dos membros do clã é José da Cunha Lustosa que nasceu na cidade do Porto em Portugal e virou capitão-mor, recebendo a missão de colonizar o Nordeste do Brasil a partir do norte da Bahia. Ele trouxe milhares de cabeças de gado e escravos para o Piauí onde teve de lutar pela terra contra os índios.
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O historiador Edilson de Araújo Nogueira é o responsável por trazer de volta à tona esta história do Piauí. “Naquele tempo, quem acompanhava os nobres eram parentes colaterais. Aqui se dá a história da fidalguia Cunha Lustosa, nessa localidade mocambo, onde houve a primeira concessão de terra em 1747. Vinham os nobres que não poderiam se casar com mestiços, só podiam se casar com outros nobres a fim de procriar e expandir o domínio da família”, descreve.
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Edilson também é responsável por revelar um importante achado arqueológico na cidade. Ele conheceu uma descendente de escravos por acaso e ela revelou a localização de onde estavam os escombros da igreja onde foi enterrada a família do colonizador capitão-mor José da Cunha Lustosa. O local foi transformado em museu e guarda as lápides entre outros materiais seculares.
O bisneto do barão, Bismarque Lustosa, mostrou ao repórter da TV Cidade Verde, Simplício Júnior, os escombros da antiga sede da Fazenda Mocambo, onde a família viveu. Há ainda resquícios da Casa Grande e instrumentos de tortura utilizados nos escravos.
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A prosperidade da família Lustosa também atraiu diversas outras pessoas que aderiram à pecuária e desenvolveram a região. A região também virou uma passagem obrigatória para as boiadas que iriam para outras regiões do Nordeste.
Águas
A Lagoa de Parnaguá, com 12 km de extensão por 4km de largura, fornece peixe e sempre foi bastante propícia à criação de gado. Entretanto, vem dos índios, que surgiu uma das lendas mais conhecidas do Piauí: a da índia Miridan. Contam que Miridan era a jovem mais linda de sua tribo e muito desejada, entretanto, não poderia se casar por estar prometida aos deuses, fato que só o pajé Piauiguara conhecia.
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Lagoa de Parnaguá
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Entretanto, a moça engravidou e seu filho não deveria sobreviver. Tentando protegê-lo, Miridan colocou o bebê em um tacho e o jogou nas águas do rio Paraim. Em seguida, o céu escureceu, o vento soprou e um imenso raio abriu um buraco que tragou o bebê e começou a verter água incessantemente, transformando-se na lagoa. Miridan, saudosa do seu filho, se atirou nas águas para encontrá-lo no fundo das águas onde o menino é protegido pelas iaras.
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Lagoa de Parnaguá
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Entretanto, a moça engravidou e seu filho não deveria sobreviver. Tentando protegê-lo, Miridan colocou o bebê em um tacho e o jogou nas águas do rio Paraim. Em seguida, o céu escureceu, o vento soprou e um imenso raio abriu um buraco que tragou o bebê e começou a verter água incessantemente, transformando-se na lagoa. Miridan, saudosa do seu filho, se atirou nas águas para encontrá-lo no fundo das águas onde o menino é protegido pelas iaras.
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Carlos Lustosa Filho
Com informações de Simplício Júnior