Após uma semana do incêndio que provocou o desabastecimento em toda a cidade, cerca de 200 famílias do Parque Poti, Vila Poti, na região do Parque Itararé, na região Sudeste de Teresina.

Entre os atingidos está a creche CMEI Vila Poti I que atende cerca de 50 crianças. De acordo com a diretora Acácia de Marília, a situação já era grave, mas piorou após o sinistro da estação de tratamento. 

“Antes a água só vinha de madrugada e nós conseguíamos encher a caixa d’água, mas a cerca de duas semanas não vem água de jeito nenhum. O nosso vigilante precisa pegar água no cemitério do Renascença, para podermos preparar a comida e lavar a louça e os banheiros”, destacou a diretora. 

O vigilante Arnaldo Rocha disse que faz o trajeto três vezes ao dia levando panelas, baldes e galões do cemitério para a creche, mesmo assim a pedagoga Michelle Morgana diz que é preciso liberar as crianças antes do horário. “Isso acontece principalmente a tarde porque o calor é muito grande. Muitos pais reclamam, mas estamos fazendo o que podemos”, destacou.

A diretora informa que entrou em contato com a Agespisa. “Não conseguimos solucionar o problema, mas eles disseram que temos que esperar e até agora nada foi resolvido”, declarou.

O morador Isaquiel da Silva Rego diz que possui duas caixas d’água de 500 litros, mas que estas não enchem a cerca de um mês. “Às vezes a água vinha de madrugada, mas hoje ela não tem força para subir até as caixas”, afirmou. 

Ele diz ainda que leva a água do trabalho para casa e que tem reservatórios extras que hoje estão sem utilidade. 

A dona de casa Cristiane Salomé leva a filha de 2 anos
para a casa da sogra, no Itararé, onde há água. 

A Agespisa enviou uma nota de esclarecimento relatando que o problema não tem relação com o incêndio na Estação Tratamento. Leia a íntegra abaixo: