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Brasileiros chegam de NY e falam sobre Sandy

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A sensação era de alívio entre os passageiros do voo 8081 da TAM, primeiro a vir direto de Nova York para o Brasil após a super tempestade Sandy, que atingiu diversas regiões dos Estados Unidos. Depois de fazer escala em São Paulo, os passageiros desembarcaram no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio, por volta das 9h desta quinta-feira (1º).

“Nunca na minha vida vi nada parecido. Foi uma coisa impressionante, de filme mesmo. Toda hora passava uma ambulância, bombeiros, árvores caídas pelas ruas. As poucas coisas que tinham nas prateleiras subiram muito de preço. Água, comida, tudo muito caro mesmo”, revela o advogado Eduardo Soares, que mesmo após ter passado por esses momentos, pretende voltar à cidade. “É uma cidade linda e com certeza pretendo voltar. Mas, neste momento, o que mais quero é um banho e comida caseira”, afirmou.

Eduardo e mais seis amigos foram passar 15 dias nos EUA e tinham passagem de volta marcada para as 14h de domingo (28). “O aeroporto fechou ao meio-dia de domingo e ficamos presos lá. A sensação no voo era de alívio. Praticamente só tinha brasileiro no avião e todos sorriam aliviados em voltar para casa”, ressalta o arquiteto Luciano Dias Lourenço.


O ator José Wilker também estava no voo, mas, para ele, as coisas foram mais tranquilas, pois estava em uma região que não sofreu as consequências do Sandy. “Quem estava em Nova Jersey e em regiões próximas sofreu mais. Mas em Manhathan, da 39 para cima, viveu um clima de final de outono: agradável. O único problema que eu vi foram as lojas e o metrô fechados”, disse Wilker.

Para o ator, após o atentado do 11 de setembro a cidade criou um sistema de segurança muito grande, que ajuda também em situações como essa. “Eles criaram uma organização grande para encarar essa e outras circunstâncias, o que, de certa maneira, é eficiente e tranquilizador”, concluiu que ficou 15 dias na cidade.

O hotel em que a comerciante Júlia Leite ficou hospedada pediu que nenhum hóspede fosse para as ruas e adotou determinadas normas de segurança. “Meu quarto ficava no 17° andar. Fomos orientados a ir para o térreo e pediram que não saíssemos. A comida começou a acabar em todos os lugares”, lembra Júlia, que teve dificuldade para conseguir dar notícias à família, já que nenhum telefone funcionava.

Segundo ela, a paisagem que se viu na cidade após a passagem da tempestade foi histórica. “Nunca vi Nova York tão vazia. Fiz fotos que nunca imaginei que faria na vida. Fotos da Broodway, do Time Square e das ruas totalmente vazias”.


Fonte: G1
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