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Júri absolve palhaço acusado de matar esposa; Promotoria recorre

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O palhaço Washington Barros Silva foi absolvido da acusação de matar a esposa Kaisa Helane Lima de Sousa, caso ocorrido em novembro de 2010. Após julgamento ao longo de toda esta quarta-feira (7), o Tribunal Popular do Júri decidiu que o tiro que matou a vítima foi acidental. O Ministério Público já recorreu da decisão.

Leilane Nunes/Cidadeverde.com

Após alegações de acusação e defesa, os jurados entenderam que Washington não teve a intenção de matar a esposa e a pena pelo disparo acidental deve ser revertida em serviços a serem prestados para a comunidade. O promotor Eliardo Cabral ingressou com recurso por acreditar que o veredito contraria as provas dos altos.

Kaisa Helane

Após os jurados decidirem, por maioria de votos, que houve homicídio culposo, e não doloso - que poderia acarretar em pena de até 30 anos de prisão, a juíza Zilnar Costa proferiu a sentença. Como Washington é réu primário e não existem indícios de que tenha cometido crimes em outros estados, a pena de 1 a 3 anos de reclusão foi substituída por serviços comunitários, que ainda serão definidos. O acusado estava livre para deixar o fórum. 

O advogado Hildemberg Cavalcante, um dos defensores do réu, acredita que foi feita justiça. Para ele, uma das provas que contribuiu para que Washington Silva fosse considerado inocente foi o coldre da arma, encontrado dentro do carro. Isso reforçou a tese de que houve luta corporal no veículo, que levou a um disparo acidental. 

Os pais de Kasia deixaram o fórum inconformados com a decisão. 

Entenda o caso
Kaisa estudava Enfermagem e morreu em novembro de 2010 dentro do próprio carro, quando saia de um posto de combustíveis na Ladeira do Uruguai, zona Leste. Ela havia se separado de Washington na época e ele não teria se conformado com isso. Os dois tinham uma filha.

O palhaço foi localizado na cidade de Arapiraca, interior de Alagoas, em março de 2012, quando foi preso. O pai da vítima, Valter Leite, dono de uma cooperativa de taxistas, contratou um detetive que trabalhou nas investigações. 

com informações de Gorete Santos (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (da Redação)
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