De uma coisa a Fifa não tem do que reclamar: a procura por ingressos para as partidas da Copa das Confederações. Até o início da tarde de sexta-feira, horas antes de se encerrar a fase de pré-venda exclusiva para portadores de cartões de crédito da operadora que patrocina a entidade, 132.795 bilhetes haviam sido vendidos. Deles, 98% foram adquiridos por pessoas residentes no Brasil, o que pode ser entendimento como uma prova de que o interesse do público pela competição será grande.
A segunda fase de vendas, para o público em geral, começará amanhã e vai até 3 de janeiro no site www.fifa.com - em um primeiro momento, o direito de comprar os bilhetes será decidido por sorteio. Depois, de 15 de fevereiro a 7 de abril, as compras serão por ordem de chegada.
Para o presidente da Fifa, Joseph Blatter, o interesse natural do brasileiro pelo futebol e o fato de esta Copa das Confederações ter a presença de quatro campeões mundiais (Brasil, Itália, Espanha e Uruguai) contribuíram para a surpreendente procura por ingressos.
A Fifa vai se esforçar para que o ensaio para a Copa do Mundo seja mesmo um sucesso de público. Para isso, pretende até fazer promoções de bilhetes que ficarem "encalhados'' - aqueles destinados a patrocinadores, às confederações nacionais, à CBF e ao COL que não forem vendidos ou distribuídos.
"Os patrocinadores também farão promoções com seus bilhetes e terão até o fim de janeiro para decidir a quantidade que irão comprar. Se optarem por não usar toda a cota a que têm direito, o que sobrar ficará disponível para o público", explicou Thierry Weil, diretor de marketing da Fifa. O mesmo vale para os bilhetes destinados às confederações - das equipes participantes do torneio ou não -, que poderão definir critérios para promoções e vendas.
Os torcedores que desejam ver de perto algum jogo da Copa das Confederações só terão à disposição pouco mais da metade da carga total de ingressos do evento - 477.441 bilhetes dos 829.286 considerados "adquiríveis''. O resto dos ingressos será destinado a parceiros comerciais da Fifa, detentores dos direitos de hospitalidade, confederações e COL, entre outros.
Fonte: Estadão
