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Governo investe R$ 60 mi para ampliar assentamento Marrecas

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O Governo licita ainda em novembro, as obras de ampliação do assentamento Marrecas, em São João do Piauí, onde serão investidos cerca de R$ 60 milhões, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As obras serão executadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).


A ampliação deverá colocar o Piauí como um dos grandes produtores de frutas do Nordeste, principalmente de uva, graças à combinação solo, água e sol, indispensável para a produção de frutos de qualidade. O solo do Piauí, pela sua profundidade, oferece, inclusive, melhores condições que o de Petrolina, município pernambucano conhecido pela sua fruticultura irrigada.

Pioneiro na produção de uva no Piauí, o assentamento Marrecas possui uma área de 10,5 mil hectares, dos quais apenas 94 hectares irrigados. Do total em produção, 6,5 hectares são ocupados por parreirais, que este ano deverão render de 70 a 75 toneladas da fruta.

O projeto prevê o aproveitamento hídrico da barragem do Jenipapo, no rio Piauí, que ficará responsável pelo abastecimento dos mil hectares que serão implantados a partir do próximo ano. A barragem tem capacidade de acumular até 248 milhões de metros cúbicos de água. No momento, a área irrigada é abastecida por um único poço jorrante, que, pela força de sua vazão, dispensa o uso de bombas e barateia os custos de produção.

Para Tomaz Ribeiro, ex-presidente da Associação de Irrigantes do Assentamento Marrecas, a ampliação vai garantir pelo menos 5 mil empregos diretos. Ele explica que para cada hectare irrigado, há necessidade de cinco trabalhadores. “Temos condições de transformar Marrecas em uma nova Petrolina”, garante Tomaz.

Hoje, 75 famílias vivem exclusivamente da produção de frutas no assentamento. Com a implantação de mais de mil hectares, outras 200 famílias também vão começar a produzir, ficando cada uma delas com um lote de 5 hectares. Essas famílias serão selecionadas e treinadas.

As obras para ampliação do projeto vão permitir a tomada d’água na barragem Lagoa do Peixe, alimentada por um canal a partir da barragem do Jenipapo. De lá, a água será levada para uma estação de bombeamento central, de onde será distribuída para os lotes.

Da Editoria de Cidades
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