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Veja ensaio de Aline Prado no Rio de Janeiro

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Raios e trovões anunciam que o ensaio fotográfico precede um temporal no Centro do Rio. Não demora muitos cliques e lá vem a chuva. Aline Prado não perde o rebolado. “É com chuva? Vamos nessa. Só não é para molhar muito, não?”, brinca a jovem de 26 anos, que todo começo de ano invade as TVs com vinhetas de corpo pintado.


Aline começa os preparativos do clipe carnavalesco ainda em agosto. “Preparamos o desenho, a foto, a maquiagem, que dura cerca de 22 horas. Já me acostumei, é cansativo e trabalhoso na medida certa. Mas enquanto estiver me dando prazer, vou continuar”, diz. Cabe à mulata abrir os dois dias de desfiles do Grupo Especial do Rio, sempre à frente da primeira escola de samba. Neste ano, na primeira transmissão da emissora para os desfiles do Grupo de Acesso, Aline vai esticar a agenda. Começa a maratona na Marquês de Sapucaí já na sexta-feira de Carnaval. “Só tenho folga no inverno”, diz.


“Na tela da TV, no meio desse povo / A gente vai se ver na Globo”

A vida da Globeleza não é diferente da vida de nenhuma mulher da sua idade. Há oito anos, era bailarina e desfilava na comissão-de-frente do Salgueiro, quando recebeu o convite para fazer o teste de musa da TV Globo, substituindo Valéria Valenssa. “Achava que eles queriam uma mulatona, nunca desfilei de passista. Foi uma grata surpresa”, relembra. As pessoas a reconhecem na rua, mesmo com muita roupa. “Certo dia, no supermercado, ouvi o locutor no microfone: ‘vem, vem, vem’. Quis me esconder, sou tímida”, conta. O difícil é imaginar que ela, de corpo perfeito e sorriso largo, já tenha recebido um “não” de algum pretendente. Mas é verdade. “Quero conhecer a felizarda que nunca tomou toco”.


O ensaio fotográfico exclusivo para a QUEM, que começou na praça da Cinelândia, palco de tradicionais blocos de rua da cidade, precisa então ser interrompido por alguns momentos. É a chuva, que não dá trégua. A madrugada já vem vindo. E a Globeleza? Do look futurista, parte para algo mais carioca, mais verão, mais corpão. E as pilastras do Museu de Arte Moderna, ali perto, servem de locação para este monumento de mulher.


“Vem para ser feliz/ Eu tô no ar, eu to beleza”

As pessoas passam, param, olham. Aline, que nunca teve pudor em ficar nua na TV, manda sorrisos. “Bailarino entra na coxia e troca de roupa ali, já estou acostumada com a nudez. Me senti bastante à vontade, nunca tive constrangimento”, diz. Mesmo não tendo vergonha, ela fala que posar nua está fora dos planos agora. “Recebi convites, mas ainda não, simplesmente porque achei que não era a hora. Mas não vou dizer nunca”.


Sua família sempre a apoiou e os namorados, nada de ciúmes. Papo de homem ideal, ela não tem. Só uma exigência. “Tem que me fazer rir e ser tranquilo”. Aline, que é formada em jornalismo, deseja formar uma família, mas sem pressa quanto a isso. “Quero ter filhos, mas nunca achei que isso seria aos 20 anos”, afirma.


O ensaio acaba. A chuva também. Aline termina as fotos sem se molhar. Mas aí vem a ideia da chuva de confetes sobre ela. É Carnaval. Não há guarda-chuva que dê jeito em tanta alegria. Então deixa molhar.




Fonte: Ego
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