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Daniel Radcliffe: de menino-mago a poeta gay

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Daniel Radcliffe deixa de lado o menino-mago Harry Potter para encarnar um dos principais nomes da chamada Geração Beat em "Kill Your Darlings", sedutora narrativa de amizade, amor gay e homicídio.

Radcliffe, de 23 anos, interpreta o poeta Allen Ginsberg aos 17 - um adolescente ingênuo e enrustido, que luta para encontrar seu lugar no mundo antes da libertação sexual e cultural da década de 1960.

Quando Ginsberg entra na Universidade Columbia, em Nova York, ele conhece Lucien Carr (Dane DeHaan), William S. Burroughs (Ben Foster) e Jack Kerouac (Jack Huston), que mudariam sua visão de mundo e seriam seus parceiros na fundação do movimento beatnik.

A produção independente estreou nesta semana no festival de Sundance e, após ganhar muitos elogios da crítica, foi comprada pela Sony Pictures Classics para ter uma distribuição mais ampla neste ano.

Após dez anos encarnando Harry Potter em oito filmes da série, Radcliffe também está procurando um novo lugar como ator. Em 2007, ele atuou (inclusive nu) na peça "Equus"", montada em Nova York e Londres. Em 2011, esteve no musical "How to Succeed in Business Without Really Trying".

"Kill Your Darlings" leva novamente Radcliffe a situações-limite, incluindo uma ousada cena de sexo com outro homem.

"Todo mundo quer ter uma obra o mais diversificada possível, e é isso que mantém as pessoas interessadas na sua carreira", disse o ator à Reuters. "Há muitas expectativas a cumprir, já que você está interpretando alguém bem conhecido e reverenciado por muita gente, mas não estamos fazendo de forma alguma um filme reverente sobre ele", acrescentou.

A publicação Variety disse que a atuação de Radcliffe serve para "banir da tela qualquer semelhança com Harry Potter". A resenha da Hollywood Reporter observou que a cena em que Ginsberg define sua sexualidade "deverá ser vista como um grande passo para um ator no sentido de se distanciar da sua persona Harry Potter".
Ginsberg já foi retratado várias vezes no cinema, inclusive por Ron Livingstone, em "Beat" (2000), e James Franco, em "Howl" (2010).

"Eu propositalmente me mantive afastado de outros retratos , porque acho que sou terrível imitador, então não queria acabar fazendo uma impressão de James Franco fazendo Allen Ginsberg", disse o jovem ator.

Embora o filme tenha quatro protagonistas, o diretor John Krokidas disse que a história de Ginsberg era central no enredo, já que esse era o personagem com a maior jornada pessoal.

"No começo do filme ele é muito o filho obediente , mas ele nunca mostra quem é por dentro, porque está tomando conta dos outros", disse o cineasta à Reuters. "Mais para o final do filme, ele vira um rebelde, se autointitula um poeta e encontra sua própria voz."



Fonte: Terra
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