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"Marighella teve uma vida de tirar o fôlego", diz autor de biografia no PI

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O jornalista, historiador e cientista político Mário Magalhães veio a Teresina para divulgar o seu livro “Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo”, a biografia do homem considerado inimigo número um da ditadura. O lançamento da obra acontece nesta terça-feira (29) às 19h no Auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado do Piauí (Sinttel/PI), localizado na rua Magalhães Filho, 479.



“Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo” foi lançado em novembro de 2012 e já recebeu dois prêmios: o de melhor biografia do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Botequim Cultural, promovido pelo site homônimo. Além disso, o livro que teve uma tiragem inicial de 12 mil exemplares – enquanto normalmente no país o número não passa de dois mil –, já chegou a 30 mil unidades e caminha para a sua 5ª reimpressão.

Evelin Santos/CidadeVerde.com

Magalhães contou ao CidadeVerde.com que seu interesse pelo guerrilheiro começou em 2003, quando trabalhava na Folha de São Paulo. “Queria fazer uma reportagem sobre uma vida e buscava um personagem. Encontrei o Marighella. Pensei em escrever um livro em dois ou três anos acabei levando nove, sendo cinco anos e nove meses de dedicação exclusiva”, revela.


Os números sobre a publicação são superlativos: ao todo, foram 256 entrevistados, 70 mil páginas de documentos consultados em arquivos públicos do Brasil, EUA, República Tcheca, Rússia e Paraguai; mais de 600 colunas e 2.580 notas sobre fontes e 102 fotos publicadas.


O autor revela que encontrou também documentos inéditos como dois poemas político-satíricos originais datilografados pelo próprio Marighella em 1939.



“É legítimo você amar ou odiar o Marighella, mas é impossível ficar indiferente com sua vida fascinante. Há de se concordar que ele teve uma vida de tirar o fôlego. Tive de enfrentar um desafio estético-jornalístico porque não poderia ser um autor de um relatório. Tinha de escrever algo que levasse essa vida ao leitor”, comenta o autor.


Carlos Lutosa Filho
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