A Polícia Civil voltou na tarde desta quarta-feira à Boate Kiss, local da tragédia que matou 235 pessoas no último domingo, para realizar uma reconstituição preliminar, em Santa Maria (RS). Policiais envolvidos na investigação vão levar testemunhas ao local para relatarem o que viram no momento do incêndio.

Em frente à casa noturna, flores e cartazes com homenagens às vítimas se acumulam na calçada. A polícia diminuiu a área isolada - antes, a rua dos Andradas estava fechada até a esquina, e agora só a boate e mais duas lojas têm acesso impedido -, o que facilita o acesso de familiares ao local do incêndio. Da rua, ainda é possível sentir um forte cheiro de queimado.

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

egundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.