Um escândalo veio à tona na segunda-feira (4) e movimenta cifras milionárias. A polícia da Europa descobriu uma rede gigantesca de corrupção. Quase 700 jogos em 15 países tiveram resultados manipulados.

As casas de apostas já patrocinam alguns dos times mais ricos da Europa, mas agora a denúncia é de que elas estão por trás do novo escândalo de corrupção do futebol.

A máfia seria comandada de Cingapura. Foi uma investigação de 18 meses que começou com suspeitas na Alemanha, Finlândia e Hungria, e depois se espalhou pela Eslovênia, Áustria e outros países.

A Europol, que é a instituição que reúne todas as polícias europeias, e que comandou a investigação, diz que há resultados fraudados nos grandes campeonatos europeus, na Liga dos Campeões e até nas eliminatórias da Copa do Mundo. Por enquanto os policiais não dão os nomes, mas já dizem que esta é a maior devassa já feita no submundo da corrupção do futebol mundial.

Foram analisados 700 jogos em 30 países. Em 680 os resultados teriam sido influenciados pela quadrilha. As partidas são de todo o mundo: Ásia, Américas, África, mas a maior concentração é mesmo na Europa. Ao todo, 425 pessoas em 15 países foram investigadas - isso inclui árbitros das partidas, jogadores e dirigentes - e 50 pessoas já foram presas.

Não há nenhuma referência específica ao Brasil, e ainda não se sabe se os jogos das eliminatórias para a Copa do Mundo seriam da última competição na África do Sul ou da próxima no Brasil.

O diretor de segurança da Fifa diz que apoia as investigações e quer punições mais severas. É que atualmente há pouco risco e muito potencial de lucro para os manipuladores.

As dimensões desse escândalo são assustadoras. O caso envolve muitos profissionais, clubes, técnicos, jogadores e dirigentes. O mundo do futebol está chocado, exigindo rigor na apuração e eventuais punições, porque é o futuro do futebol, segundo a maioria dos analistas, que está em jogo.