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Chuva atrasa desfile, mas Barão do Itararé festeja: "mundo não acabou"

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A forte chuva que cai em Teresina no fim da tarde desta terça-feira (12) atrasou a saída do bloco Barão do Itararé, na zona Sudeste da capital. A concentração estava marcada para iniciar às 16, e o desfile às 17h30. Mas chuva fez com os foliões fossem intimidados. O desfile começou após a chuva, às 19h.

Fotos: Helder Sousa/Cidadeverde.com
 
Barão do Itararé fecha Carnaval 2013 em Teresina comemorando: “mundo não acabou”
 
O bloco foi para a rua comemorar: o mundo não acabou! Mesmo com previsão dos Maias e do “falso profeta” de Teresina, o Barão de Itararé encontrou motivos para comemorar a vida no Carnaval de Teresina.
 

Criado há 24 anos no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste da capital do Piauí, o bloco nasceu como opção para foliões que não possuíam recursos para aproveitar as tradicionais festas de carnaval realizadas nos clubes de Teresina.
 
“Tudo começou com o ex-vereador Anselmo Dias. Ele reuniu amigos e familiares, com panelas nas mãos, batendo lata pela avenida principal do bairro Dirceu Arcoverde. Não tinha carnaval de rua”, explica a presidente do bloco, Silmara Castro.
 

A gestora está há três anos a frente da agremiação. As responsabilidades são divididas com toda a família. Marido e filhos participam do Barão do Itararé. Pedro Júnior Santos de Oliveira tem 21 anos e também colabora com a folia coordenada pela mãe.
 
“O bloco tem um projeto social: a Escolhinha de Percussão do Barão. São meninos e meninas, de 8 a 16 anos e eu sou um dos professores. Os meninos são preparados durante o ano, ensinando como manusear instrumentos tipo surdo, ganzá, tamborim, caixa e repique”, diz Pedro Júnior.

 
A bateria é composta por 80 ritmistas. Os ensaios são iniciados em outubro. A organização aguarda cerca de 15 mil pessoas na avenida e recebe apoio na logística da Polícia Militar, da STRANS, SDU Sudeste, prefeitura e Governo do Estado.
 
“Não tem coisa melhor quando um pai agradece a gente por ter resgatado um filho do mundo das drogas e das ruas. Eu acredito sempre no poder da construção e da persistência”, avalia Silmara Castro.
 
Destaque que chama atenção do Barão de Itararé é o fato de possuir uma bateria polirrítmica. “Tem gente que faz só samba. Fazemos de tudo: axé, funk, samba, frevo, marchinhas e bossas”, explica Pedro Júnior.
 
Flash de Geísa Chaves (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação de Lívio Galeno
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