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Pais se negam a levar filhos a escolas com medo de teto desabar

O período letivo no município de Teresina começou ontem (18). Menos para a creche Chico Mendes, localizada no loteamento Porto Alegre, zona sul de Teresina. Os pais das crianças se negam a levar os filhos para o local. Eles denunciam que a escola representa risco pelas condições estruturais. 

Reprodução/TV Cidade Verde

A dona de casa Maria Aparecida afirma que prefere deixar o filho em casa a correr o risco da criança ser alvo de choques, já que até as paredes da escola estão energizadas. 



A escola enfrenta problemas de infiltração, o mofo tomou de conta das paredes das salas, o teto ameaça cair e o piso cedeu em algumas áreas do prédio. Além disso, o mato tomou de conta da área onde as crianças usavam para prática de esportes.


A coordenadora da creche, Ester Bastos, afirma que a diretoria já informou à Secretaria Municipal de Educação sobre a situação.


As más condições estruturais também podem ser vistas na escola Eurípedes Aguiar, localizada no bairro Marquês, zona norte da capital. 


Os problemas podem ser vistos no teto, nos banheiros que, inclusive, estão sem portas e as paredes estão pichadas. O diretor da escola, Itamar Gomes, afirma que o prédio precisa de uma reforma.


Em entrevista ao Jornal do Piauí, o gerente de manutenção e conservação da Semec, Francisco José de Brito, confirmou que as escolas precisam passar por melhorias. Segundo ele, as reformas ainda não ocorreram por dificuldades administrativas. 


"Todo início de período letivo a gente tem dificuldade e a gente continua tentando melhorar. Qualquer serviço que se queira fazer de manutenção, se ultrapassar R$ 15 mil, precisa ser licitado. Nenhum gestor quer processo do TRE por má utilização de recursos públicos. Na creche teve o problema do temporal. Tomamos conhecimento, levamos o caso ao secretário e havia necessidade de manutenção. Mas não é tão simples. São telhas ecológicas e a empresa nos garantiu que até hoje o material estaria chegando. A empresa que faz a obra está pronta para assumir, logo que o material chegar será feita. Precisamos de 2 ou 3 dias depois que o material chegar. Na segunda estará tudo pronto. Atrasou porque o material vem de fora", disse.


No caso da escola de Eurípedes Aguiar, o gerente afirma que a diretoria tem dotação orçamentária para fazer a reforma, já que o caso é mais simples do que na creche.


Francisco José Pinto explicou ainda que algumas escolas ainda não conseguiram fazer suas reformas porque o dinheiro disponível só pode ser usado depois que o Conselho Escolar for eleito. 


"Quando as escolas elegeram seus diretores eles precisam eleger o Conselho Escolar. Tornou-se mais complexo porque professores estão de férias e alunos e pais também estão afastados da escola. Os recursos só podem ser usados depois da eleição do conselho. Infelizmente, não depende de nós", afirmou.



O gerente também reconheceu que as escolas de nível fundamental enfrentam o problema da pichação, provocado muitas vezes pelos próprios alunos.


Vinícius Vainner (da TV Cidade Verde)
Leilane Nunes (da Redação)
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