O promotor de justiça Ubiraci Rocha afirmou que dentro de dois meses o Ministério Público irá decidir se pede ou não mais diligências sobre a morte da estudante Fernanda Lages, cujo corpo foi encontrado em agosto de 2011 na obra do MPF. Ele disse ainda que o advogado da família da jovem, Lucas Villa, entrou com pedido na Justiça para que seja realizada uma autópsia psicológica. 

Ubiraci explicou que no momento está "debruçado" no inquérito apresentado pela Polícia Federal. "Há mais dúvidas do que certezas neste inquérito. As teses de suicídio ou morte acidental são antagônicas, ou é uma, ou é outra. O trabalho produzido pela PF coloca as duas em conflito, por isso estamos nos debruçando nos detalhes técnicos".

O promotor acrescentou que irá se reunir com o perito Antônio Lunardi, autor do laudos do caso, para pedir maiores detalhes e tentar entender a conclusão da PF. Para os promotores que acompanharam as investigações, o caso não pode ser arquivado.

À pedido da família de Fernanda, o Ministério Público está avaliando a possibilidade de uma nova perícia para saber se a estudante tinha ou não perfil suicida. "A família pediu uma autópsia psicológica. Esse procedimento não faz parte da realidade brasileira, geralmente é usado nos Estados Unidos ou na Europa, mas tudo que for preciso para ajudar a encontrar a verdade será analisado", ressaltou o promotor. Esse tipo de autópsia é feita por um psiquiatra, através de entrevistas com familiares e amigos.

Apesar do prazo de dois meses, os promotores evitaram citar nomes de possíveis autores do crime. "Ainda é prematuro falar em acusados, neste momento estamos nos focando em buscar mais detalhes", finalizou.