Os cardeais da Igreja Católica que estão em Roma iniciaram o conclave para a escolha do novo papa nesta terça-feira (12). Para o padre Tony Batista, o novo Papa deverá ser mais jovem que Bento XVI e tem chances de ser brasileiro. O padre acredita que até quinta-feira  (14) a escolha será anunciada.

Cinco brasileiros irão participar do conclave: o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Claudio Hummes, de 78 anos, Dom João Braz de Aviz, de 65, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, de 63, Dom Geraldo Majella Agnelo, cardeal arcebispo emérito de Salvador, e o arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno. 

"Pode, sim, ser um brasileiro porque eles já estão entre os 115 cardeais. Deus e o Espírito Santo sopram para onde querem e quando querem. Pode ser o Odilo como qualquer outro brasileiro ou qualquer outro cardeal", declarou Tony Batista. No último domingo (10), Tido como um dos favoritos entre os brasileiros, Dom Odilo celebrou uma missa na Igreja de Santo André no Quirinal, acompanhada por dezenas de jornalistas. Foi uma das últimas aparições antes do conclave.

Tony Batista explicou que Bento XVI não exercerá nenhum poder de influência na escolha do novo papa e espera que a decisão seja anunciada em breve. "Os cardeais já discutiram sobre os problemas que a igreja deve enfrentar e entre eles já existem favoritos. Acredito que até quinta teremos um novo papa, porque os cardeais já se conhecem, passaram dias se observando", analisou.

Segundo o padre, apesar de alegar problemas pessoais para deixar o papado, a renúncia de Bento XVI "pesa" entre os cardeais. "Eles ficam imaginando o que existe a mais, apesar de ser uma renúncia de caráter íntimo", explicou.

Para Tony Batista, o novo papa deve ser mais jovem para "ter mais força e mais garra". O padre disse ainda que se pudesse, escolheria um papa de 50 anos. "Deve ser um papa mais jovem. Se eu pudesse escolher um de 50 seria melhor. Um papa mais novo tem mais força e mais garra, mais energia. João Paulo II foi exemplo disso. Deus queira que seja um homem mais jovem", declarou, em entrevista ao Notícia da Manhã de hoje.

Tony acrescentou que o novo papa tem que ser presente, tem que "dialogar com o mundo", "provocar a unidade do amor de Deus" e não ser visto apenas como um chefe de Estado, mas também como pastor.