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Dom Jacinto: "Francisco revela humildade e ação missionária"

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O arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, em coletiva na tarde desta quarta-feira (13), afirmou que a escolha do nome de Francisco revela o sentimento de humildade e o espírito missionário do novo papa, o cardeal Jorge Mario Borgoglio, eleito hoje no Vaticano para suceder Bento XVI, que renunciou ao cargo.

Yala Sena/Cidadeverde.com
Dom Jacinto Brito

"Nós o recebemos de coração aberto na fé. E é na fé que recebemos o papa Francisco I, sucessor de Pedro e agora pastor universal da Igreja", declarou aos jornalistas presentes no Palácio Episcopal, sua residência.

"O nome de Francisco revela o sentimento de humildade, que é característica de São Francisco, e seu espírito missionário, e a sintonia com o povo latino-americano", acrescentou.

Dom Jacinto afirmou ter orado fervorosamente na renúncia de Bento XVI, em fevereiro, e afirmou que Francisco I é recebido com muita fé pela Igreja Católica. 

Para o arcebispo de Teresina, Francisco I não representa uma única teologia. "Ele é um sinal de unidade, de tratamento voltado para os pobres, que é uma missão da Igreja".



O fato do cardeal Borgoglio ter sido eleito o primeiro papa da América do Sul também não pesa, segundo o arcebispo. "O mais importante não é a nacionalidade, mas o que representa para a Igreja. Não importa raça ou nacionalidade. A Igreja mostrou que não existe pressão da mídia e da sociedade na escolha do papa".

"Sem dúvida que um Papa latino-americano, o primeiro da história da Igreja, não é surpreendente, pois a nossa Igreja tem dois mil anos e o continente americano tem 500", acrescentou.



O arcebispo lembrou que 47% a 50% dos católicos habitam na América Latina. "O Papa vem nos dizer que a Igreja olha com esperança para este continente".

Segundo Dom Jacinto, entre os grandes desafios de Francisco I estão o abalo da fé, o ateísmo, e a oposição entre sagrado e científico, fé e ciência. 

Sobre a vinda de Francisco I para a Jornada Mundial da Juventude, em junho no Rio de Janeiro, Dom Jacinto Brito afirmou que isso ainda deverá ser confirmado. 



O arcebispo destacou que a escolha do novo Papa não há interferência de cunho religioso ou de linha de pensamento.

“Graças a Deus a igreja provou que não estar submissa às pressões da mídia, da política, e procura escolher quem na hora da oração e pela fé se mostra mais indicado para ser o Papa”.

Durante a entrevista, Dom Jacinto fez questão de colocar uma imagem de Jesus Cristo crucificado. “Mostra que era um conclave midiático, ou digital, era um conclave real.“O Papa não veio para sacralizar essa ou aquela linha teológica pastoral da igreja”.

“Se fosse pela indicação da mídia e dos vaticanológos ele jamais seria o Papa. Não interessa lobby, nacionalidade. A nacionalidade dos últimos Papas é surpreendente. Um polonês, outro alemão e agora latino-americano. Enquanto a maioria esperava um italiano, um canadense, até mesmo, asiático, norte-americano e sai um latino-americano”.


Yala Sena (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
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