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Polícia desmonta acampamento de grevistas em frente à PMT

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Cerca de 30 policiais militares e fiscais da SDU Centro/Norte retiraram na tarde deste sábado (16) a estrutura que o Sindicato dos Servidores Municipais havia erguido em frente ao Palácio da Cidade e usavam como acampamento desde quarta-feira (13). 

Segundo o presidente do sindicato, Sinésio Soares, a ação foi truculenta e não houve apresentação de ordem judicial. "Eles [policiais] aproveitaram o momento em que a maioria do pessoal havia saído para almoçar. A maioria das pessoas que ficou aqui no acampamento eram mulheres. Eles imobilizaram as mulheres e, de forma truculenta, derrubaram a estrutura do acampamento", afirma o sindicalista. No local havia um barraca, cadeiras e banheiros químicos, material alugado pelo sindicato.



Porém, Sinésio garante que a retirada da estrutura não significa o fim do movimento. "Pretendemos continuar no acampamento no final de semana todo, nem que seja debaixo de chuva. Não é por causa de falta de estrutura que vamos abandonar nossa causa", diz Sinésio.

Diante do fato, o presidente do Sindserm garante que haverá uma reação radical. "A tendência agora é radicalizar, já que houve esse tratamento truculento por parte da prefeitura, mandando a polícia nos retirar dessa forma. A tendência é agirmos da mesma forma. Estávamos, até agora, tentando um acordo de forma pacífica. Mas, desse jeito, teremos que radicalizar", avisa.

Os grevistas querem que a prefeitura negocie um percentual de reajuste dos salários. Eles reivindicam 46% de reajuste, além de outras medidas.

O major João Amorim Neto, chefe do gabinete da Assistência Militar da prefeitura, explica que não houve truculência por parte da polícia e a ação foi para desobstruir a via, ocupada desde a quarta-feira. 

"Conversamos com o dono da empresa que montou a estrutura e eles não tinham alvará e que o sindicato é que seria o responsável pelo documento. A nossa obrigação é desobstruir a via. Nós procuramos um dia em que não houvesse muito movimento para não atrapalhar a rotina da cidade. Não temos nada a ver com greve. O problema foi contra a empresa. A SDU fez a apreensão, vai notificar, multar e a empresa só receberá o material de volta depois de pagar a multa", afirma o major.

Ainda segundo ele, não houve truculência por parte da polícia. "Teve uma senhora que se abraçou com o toldo. Retiramos ela porque poderia até o toldo cair por cima. Não houve truculência. Eles estão querendo é inverter o processo legal. Eles é que tem que ter documentação para colocar e não o poder público mostrar documento para retirar", explica. 

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Leilane Nunes
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