Vereadores do município de Monsenhor Gil, 65 quilômetros ao Sul de Teresina, foram até a Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (18) para pedir socorro. Eles reclamam das demissões de mulheres que trabalhavam em um viveiro da Suzano Papel e Celulose, que suspendeu suas atividades no Piauí por tempo indeterminado.

No viveiro, apenas vigilantes e gestantes teriam sido mantidas no trabalho. "Monsenhor Gil está de luto com essa situação que a Suzano fez com os nossos trabalhadores", disse o vereador Lucimar Bispo em entrevista para a TV Cidade Verde.

"Com a saída do viveiro da Suzano de Monsenhor Gil instituiu-se o caos, porque muitas dessas pessoas perdem a renda, haviam contraído empréstimos consignados, prestação de bens, de moto, da casa própria", acrescenta o vereador João Filho, que veio a Teresina com Lucimar Bispo pedir ajuda aos deputados estaduais. Cerca de 300 mulheres teriam sido demitidas, segundo os parlamentares.

O deputado Fernando Monteiro (PTB) elaborou requerimento ao governador Wilson Martins e ao secretário de desenvolvimento rural, Rubem Martins, pedindo que a mão-de-obra já treinada pela Suzano seja absorvida em um projeto estadual. "Seria um desperdício muito grande não se absorver essa mão-de-obra", disse o parlamentar, sugerindo que as demitidas fundem uma associação e o Estado crie horas comunitárias para as mesmas.