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Uruçui: Sequestro leva polícia a desvendar “armação” de quadrilha

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A investigação que apura o sequestro da estudante de Administração da Uespi (Universidade Estadual do Piauí) está desvendando uma quadrilha  em Uruçui especializada em ameaçar grupos políticos na cidade. 

Foto: Portal Notícia de Uruçuí

O sequestro da aluna é uma das ações criminosas do grupo para intimidar pessoas no município. A estudante Amanda Cardoso Farias foi sequestrada em Uruçuí (a 453 km de Teresina) por dois homens em um veículo. A aluna ficou três dias desaparecida e foi encontrada em Balsas, no Maranhão.

O delegado Francisco Rodrigues, que preside o inquérito, disse que a polícia trabalha com hipótese de “armação” de grupos com o intuito de prejudicar famílias de Uruçuí. “Muita gente vem recebendo mensagens ameaçadoras na cidade. Somente uma pessoa chegou a receber 36 mensagens no seu celular. O objetivo é criar animosidade e brigas entre grupos políticos de Uruçui”, disse o delegado.

Foto: Cidadeverde.com
Delegado Francisco Rodrigues

Após as eleições municipais ficou evidente a rixa política entre os grupos que defendem a prefeita da cidade, Renata Coêlho (PMDB), mulher do ex-deputado Chico Filho, e os correligionários do ex-prefeito Valdir Soares (PT). O delegado disse que não iria revelar o teor das mensagens e mais informações do inquérito para não atrapalhar a investigação.

A estudante atribuiu o sequestro a crime político e que seu desaparecimento era para castigá-la. "Ela conta que após ser levada ficou deitada no banco de traz do carro com uma camisa no rosto até uma fazenda. Ela não chegou a ser agredida fisicamente e diz que foi abandonada pelos homens para ser comida pelas onças", acrescenta o delegado.

Após ser abandonada, Amanda Cardoso conseguiu pegar carona com um caminhoneiro que a teria levado a um hospital no município de Balsas. De acordo com Francisco Rodrigues, a jovem estava assustada e tinha bastante bolhas nos pés devido a longa caminhada para pedir ajuda.
 
Em entrevista ao Cidadeverde.com, a mãe da jovem conta que, anteriormente, já havia registrado um Boletim de Ocorrência devido a mensagens enviadas à filha com conteúdo ameaçador.

"Não foi apenas uma mensagem, foram várias. Minha filha estava recebendo muitas mensagens inclusive com ameaça de morte. Ela está chorando com frequência e assustada... não está nem saindo de casa. Estamos com medo e esperamos que a Justiça esclareça os fatos", revelou Neuma Cardozo.
 
Graciane Sousa(Especial para o Cidadeverde.com)
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