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Palmeiras tem salário atrasado e pode ver debandada de atletas

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As palavras do presidente Paulo Nobre e do diretor executivo José Carlos Brunoro são as poucas esperanças do Palmeiras para evitar perder uma série de jogadores nos próximos dias. O clube deve dois meses de direito de imagem (que representa grande parte dos salários da maioria) e, se completar o terceiro mês de débito, qualquer profissional pode apelar à Justiça e sair de graça.

O assunto incomoda, já que o problema atinge quase todos os atletas e também membros da comissão técnica, como Gilson Kleina. Recentemente, os jogadores elegeram representantes para conversar com a diretoria e ouviram a promessa de que o primeiro grande valor a entrar nos cofres será destinado aos salários atrasados.

Por enquanto, o discurso desperta confiança. Em conversas informais, Gilson Kleina se mostra tão tranquilo de que receberá o que o clube deve que faz até piada com a situação. Com menos humor, mas sem aparentar desespero com o caso, os principais nomes do elenco também dizem acreditar principalmente no esforço dos dirigentes.

A dívida é uma herança ainda da gestão de Arnaldo Tirone, já que Paulo Nobre só completa dois meses no cargo nesta quinta-feira. E o que incomodava em relação ao presidente anterior era sua ausência no cotidiano do time, além da falta de habilidade tanto dele quanto do então vice-presidente Roberto Frizzo em lidar com assuntos mais complicados - os jogadores confiavam só no gerente de futebol César Sampaio.

Nobre e Brunoro, contudo, sabem que suas palavras não bastarão por muito tempo. Ambos têm o temor de perder jogadores de graça em meio à crise financeira, tanto que esse foi um dos principais motivos da negociação de Barcos com o Grêmio, pois faltava pouco tempo para o argentino ter direito a apelar à Justiça para deixar o Palmeiras.

Para aumentar a pressão, está também a turbulenta relação com as torcidas organizadas. Embora os jogadores tentem negar, a tentativa de agressão da Mancha Alviverde a Valdivia até atirando xícaras em um aeroporto assustou. E Fernando Prass, único atleta que se machucou na confusão, saiu do Vasco na Justiça em dezembro exatamente por atraso de salários.


Fonte: IG
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