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Contra inflação, governo avalia manter desconto do IPI para carros novos

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Salvo nova prorrogação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis volta a subir na segunda-feira, conforme o cronograma para a reelevação gradual do tributo, anunciado em 19 de dezembro. O setor automotivo quer o congelamento das condições atuais, para incentivar as vendas. E o governo cogita atender o setor, também por outra razão: conter a inflação no curto prazo. A decisão terá de ser tomada até domingo, último dia de vigência da alíquota atual.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reuniu-se com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em São Paulo para discutir o assunto. Segundo fontes da indústria ouvidas pela Agência Estado, o encontro foi pedido pelo próprio ministro. A principal preocupação de Mantega, na visão do setor automotivo, seria com o aumento de preços e não com a possível queda na demanda por automóveis. Especialistas ainda estão divididos sobre os efeitos que um congelamento teria. Alguns acreditam que as inúmeras prorrogações estariam perdendo o 'efeito surpresa' e não teriam mais o mesmo efeito que no início no estímulo das vendas. 

Entre maio e dezembro de 2012, o governo reduziu as alíquotas do IPI dos veículos flex, até 1.000 cilindradas, de 7% para zero. A partir de 1º de janeiro, a alíquota dessa categoria subiu para 2%. Mantido o cronograma, a taxa deverá subir para 3,5% a partir de segunda-feira (dia 1º) e voltar aos 7% originais em 1º de julho. 

Já para os veículos flex, de 1.000 a 2.000 cilindradas, a alíquota do IPI, de 11%, caiu para 5,5% até 31 de dezembro, subiu para 7% em 1º de janeiro e deverá alcançar 9% nesta segunda-feira. Para os veículos a gasolina, o IPI original saiu de 13% para 6,5% entre maio e dezembro do ano passado, foi para 8% em 1º de janeiro e a previsão é de que chegará a 10% a partir de segunda-feira. Já para os veículos utilitários, a alíquota de 8% ficou em 1% até dezembro, subiu para 2% em janeiro e deverá ir para 3% agora. A ideia é que todos os benefícios terminem até o fim do primeiro semestre de 2013.

Fonte: Estadão
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