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Lar da Esperança recebe oficina sobre os impactos sociais da Aids

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O Grupo Matizes realizou nessa terça-feira (9) a oficina “Estigma, preconceito e seus impactos na epidemia de HIV/AIDS” voltada para pessoas soropositivas que são atendidas pelo Lar da Esperança. A palestra foi proferida pelo professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Piauí, Francisco Júnior. 

A palestra se deu através da discussão de variados temas relacionados às pessoas que vivem com HIV, além de abordar questão fundamentais como o convívio social familiar e afetivo. O evento faz parte do projeto “Tecendo Direitos, Costurando Cidadania”, que é executado pelo Grupo Matizes e financiado pelo Ministério da Educação. 


Segundo o professor Francisco Júnior, a troca de experiência e a conversa entre pessoas soropositivas, proporcionada pela oficina, são de extrema relevância para a descriminalização de grupos sociais que vivem com o vírus. “A oficina aborda temas centrais na vida dessas pessoas, como o momento em que descobrem que possuem o vírus, o relacionamento com os familiares e os parceiros afetivos, e a aceitação e o tratamento”, destaca. 

 “Diferente de muitas outras doenças, a Aids é doença muito particular, pois ela afeta moralmente a vida das pessoas. Ao longo de toda a história da doença ela esteve atrelada ao homossexualismo, e é por isso que Grupo Matizes levanta essa bandeira de abordar o preconceito sofrido por quem vive com HIV”, explica Francisco Júnior. 

“É difícil ter Aids porque, além do preconceito que sofremos da sociedade, tem ainda o preconceito familiar e até mesmo de outras pessoas que vivem com a doença”, afirma o jovem de iniciais RN, que assistiu à palestra no Lar da Esperança. 

A coordenadora do projeto “Tecendo Direitos, Costurando Cidadania”, Carmem Ribeiro, ressalta que o oficina será realizada em outros locais e diz ainda que outras ações semelhantes, que fazem parte do projeto, serão realizadas em breve. 

O Lar da Esperança é uma entidade de atendimento a pessoas que vivem com HIV/AIDS e existe há 24 anos. Atualmente, a instituição atende a cerca de 200 pessoas, entre soropositivos e filhos de pessoas que vivem com o vírus. 


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