Desde 2008 morando em Mônaco, Galvão Bueno, de 62 anos, está de malas prontas para voltar de vez ao Brasil. O narrador esportivo vai deixar a vida no pequeno principado europeu por causa do filho caçula, Luca, de 12. Alfabetizado em inglês e francês, o adolescente, fruto do seu casamento com Desirée Soares, de 43, está com dificuldades para se comunicar na língua nativa.

“Por causa da escola e dos amigos, Luca fala pouco português. Percebi que é a hora de voltar, porque ele está meio enferrujado”, afirma Galvão, que já tem endereço definido para quando voltar a se estabelecer de vez no Brasil: sua mansão em Londrina, no Paraná. “Na verdade, eu nunca deixei de manter a casa. É a nossa casa no Brasil. Mas nós estávamos vivendo mais tempo em Mônaco por causa da escola das crianças”, diz. Além de Luca, Galvão cria Leonardo, de 18, filho de Desirée.

Em Mônaco, Galvão vive num apartamento alugado e possui apenas uma empregada doméstica. Lá, toda a família ajuda nos afazeres da casa. “É um outro tipo de vida”, argumenta ele, que se mudou para lá por causa do trabalho. “Como eu narro as corridas de Fórmula 1 e as partidas da seleção brasileira, ficar em Mônaco é mais estratégico. Os voos são mais curtos”, justifica.

O retorno ao país, no entanto, não significa um ensaio para a aposentadoria. Na final da Copa de 2010, a despedida de Galvão Bueno após a transmissão deu a entender que ele se aposentaria depois da Copa de 2014, no Brasil. “Nunca disse que me aposentaria após a Copa. Entenderam errado. Se eu parar, eu morro”, conta ele, que pretende continuar conciliando a carreira na TV com a faceta de empresário: ele é sócio de uma pequena vinícola na Itália e tem parceria com uma grande produtora de vinhos no Brasil, além de comercializar gado e cavalos em leilões.