Cidadeverde.com

15 comércios são autuados por usar som alto pela delegacia do Silêncio

Imprimir
A Delegacia do Silêncio em parceria com o Ministério Público e o Centro de Apoio Operação à Promotoria do Meio Ambiente fizeram uma operação para autuarem 15 estabelecimentos pela Lei do Silêncio e perturbação da ordem pública. Um carro e duas bicicletas foram apreendidos na ação e terão o som removido antes de transferido. 

Fotos: Rayldo Pereira/Cidadeverde.com

De acordo com o delegado Evaldo Farias, todos os estabelecimentos já haviam sido notificados em dezembro e após várias denúncias na manhã desta quarta-feira, a delegacia flagrou os pontos comerciais com o som de informe publicitário em nível acima do permitido. 

“Usamos o decibelímetro e detectamos variações de 75 a 100 decibéis quando o permitido é de 62. A penalidade pode ser desde multa, a prestação de serviço ou até detenções de seis meses a dois anos de prisão”, destacou o delegado. 


O Procon autuou os proprietários por perturbação à relação de consumo e todos terão direito a ampla defesa em até 15 dias. “O consumidor que se sente incomodado com o barulho e acaba denunciando. A gente já fez advertência e agora estamos autuando”, afirmou o fiscal do Procon José Arimatea Arêa Leão, a pena neste caso é de multa que pode variar R$ 400 a R$ 6 milhões.

O Ministério Público, através do Centro de Apoio, alertou os consumidores a sempre procurar as autoridades quando se sentir lesado. De acordo com Faruk Moraes, analista ambiental, a conscientização já foi feita e o problema persiste. 

Outro lado

Os mais atingidos pela operação são as pessoas que dependem e trabalham no serviço de locução, bike som, moto som. Segundo Nogueira Lima, que trabalha há 25 ano no Centro e teve o carro apreendido, cerca de 200 pessoas são diretamente atingidas pela fiscalização. 


“Só esse equipamento do carro custa R$ 10 mil, discordamos da polícia porque é um ato de trabalho, não fazemos poluição sonora, vivemos disso”, argumentou. O locutor acrescenta que não foi notificado de nenhuma forma, antes da operação. “Eles chegaram apreendendo tudo. A polícia tem muito mais o que fazer”. 

Um dos trabalhadores autuados, que preferiu não se identificar, afirmou que apresentou um ofício autorizando o uso do som, mas que chegou a ser ameaçado pela polícia, caso denunciasse algum abuso. 


Flash de Rayldo Pereira
Redação Caroline Oliveira
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais