O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) está próximo de alcançar a marca de meio milhão de atendimentos realizados ao longo de cinco anos de funcionamento. Desde a sua inauguração, em 5 de maio de 2008, o Centro tem transformado a vida das pessoas com deficiência motora e/ou física e se consolida como referência nacional por oferecer diversos serviços gratuitos de excelência.
Marcone Costa sofreu acidente de moto e faz tratamento no Ceir
Reabilitar. Este é objetivo que norteia toda a equipe de profissionais, voluntários e pacientes que são atendidos pelo Centro. É fácil notar, através do sorriso estampado no rosto do garoto Pedro Vitor, 7 anos, que tem paralisia cerebral; da expressão de superação de Marcone Costa, 40 anos, que é paraplégico devido a um acidente de moto, ou mesmo de muitos outros pacientes que encontraram na reabilitação a força motriz para continuarem a viver.
Atendido pelo Ceir há um ano sete meses, Marcone Alexandre Costa se emociona ao dizer que sua a vida melhorou bastante depois que passou a realizar o tratamento de fisioterapia. “Eu me sentia morto quando comecei o meu tratamento no Ceir. Meus movimentos eram muito limitados, não conseguia mover parte do meu corpo e ficava sempre na cama. Com a fisioterapia minha evolução foi bastante significativa. Aqui o atendimento é de primeiro mundo”, ressalta.
O mesmo sentimento é exaltado por Sorane de Sousa Pimentel, mãe de Pedro Vitor. “Meu filho já passou por diversos tratamentos no Ceir e os avanços que obteve nesses mais de dois anos de reabilitação são fantásticos. Hoje, ele faz hidroterapia, fisioterapia e musicoterapia”, afirma.
Atualmente, o Ceir recebe uma média de 1.400 pacientes por mês, o que representa cerca de 12 mil atendimentos mensais. Em cinco anos, o Ceir já realizou mais de 440 mil atendimentos. Os pacientes contam com uma equipe multi e interdisciplinar nas áreas de Fisioterapia, Hidroterapia, Fonoaudiologia, Reabilitação Desportiva, Pedagogia, Psicologia, Arte Terapia, entre outras.
O Centro possui, ainda, clínicas especializadas em amputados, doenças neuromusculares, lesão medular, lesões encefálicas adquiridas (LEA), más formações congênitas, mielomeningocele, paralisia cerebral e de poliomielite.
Pedro Vitor obteve avanços nos últimos anos de recuperação
Parceria em prol das pessoas com deficiência
O Ceir é uma ação do Governo do Estado do Piauí, com o apoio do Governo Federal, mas é administrado pela Associação Reabilitar, uma organização social sem fins lucrativos. E é esse modelo de gestão que garante um alto padrão de qualidade no atendimento.
O tratamento multiprofissional desenvolvido pela Instituição conta com a fabricação e aquisição de equipamentos através da Oficina Ortopédica; modernos exames através do Centro de Diagnóstico e da descentralização dos serviços para o todo o Piauí, através do Ceir Móvel.
Ceir Móvel amplia atendimentos no interior
Um dos principais fatores para o aumento expressivo do número de atendimentos do Ceir foi a implantação do Ceir Móvel em 2011. O serviço realiza atendimento no interior do Estado e é composto por um micro-ônibus e um caminhão.
Através desse serviço, a população do interior do estado tem acesso a produtos como órteses, próteses, cadeiras de rodas, cadeiras de banho, muletas, andador, calçados para pés diabéticos, botas, coletes, goteiras, ataduras gessadas e outros meios auxiliares de locomoção, todos eles confeccionados ou comprados pela Oficina Ortopédica do Ceir.
“O serviço oferecido pelo Ceir Móvel é composto por uma equipe multiprofissional e que também conta com um apoio muito importante das secretarias de saúde dos municípios. O sucesso desse serviço não é apenas porque entregamos equipamentos ortopédicos gratuitos, mas também porque procuramos devolver a cidadania a cada um dos moradores que necessitam de atendimento”, explica o superintendente administrativo financeiro do Ceir, Walter Oliveira.
A coordenadora do Ceir Móvel, Raquel Brito, explica que, para ser atendido, é necessário que o paciente entregue na Secretaria de Saúde do município a solicitação médica, o documento de identidade, o CPF, o cartão do SUS e o comprovante de residência. “Os documentos devem ser entregues antes da data em que o Ceir se desloca até as cidades”, lembra.
“O atendimento inicial que realizamos é a medição do tamanho dos produtos ortopédicos em cada paciente. Depois desse primeiro atendimento, todas as informações são trazidas a Teresina para que, a partir daí, a Oficina Ortopédica do Ceir produza os equipamentos”, finaliza Raquel.
