O coordenador do Banco Nacional de Pesquisa em Genética, Guilherme Silveira Jacques, informou que o banco de DNA está desvendando quadrilhas que usam explosivos e casos de estupro de vários Estados. 

O Piauí, Alagoas, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe estão atrasados na criança do banco estadual. 

“Não é do dia para o outro que cria um banco de dados, mas o Piauí tem investido pouco na perícia e está correndo atrás do prejuízo”, revelou o perito criminal federal, que está em Teresina participando do primeiro Seminário Nacional de Processo Penal, Provas e Perícia que acontece na OAB. 

No evento, o perito informou que no Paraná o banco de DNA ajudou a desvendar a quadrilha especializada em explodir agências da Caixa Econômica, na Operação Mercúrio. 

“Em um bloqueio (policial) ouve troca de tiros, um criminoso foi ferido e com vestígios relacionados a diferentes locais, conseguimos chegar aos criminosos”, afirmou. 

Outro caso citado pelo perito foram estupros no Rio Grande Sul. Várias mulheres foram violentadas e ao analisar 187 tecidos genéticos de diferentes casos, se conseguiu chegar ao estuprador e inocentar Israel de Oliveira Pacheco, 23 anos, que foi condenado a 13 anos por violência sexual. 

“Onde há vestígio é preciso levar a sério, não pode suprida pela confissão. A prova material é indispensável”, destacou. 

No país, 15 estados já estão trabalhando de forma integrada e que o Piauí é um dos estados que está atrasado nessa tecnologia. 

O presidente da OAB-PI, William Guimarães, disse que o banco de dados genéticos está sendo discutido por advogados criminalistas, representantes da polícia, ministério público e magistrados e um dos temas é como será gerenciado o banco de DNA, envolvendo também as discussões. 

Participa também a perita criminal federal Meiga Áurea Menezes, que é do laboratório do Instituto Nacional de Criminalista.