Cruel, calculista, com fixação pelo poder, capaz de jogar um bebê no lixo e com uma boa dose de ironia.Vilão de “Amor à Vida”, Félix Khoury traz em sua personalidade os principais traços de Carminha, o furacão de “Avenida Brasil” que conquistou o país em 2012.

O ardiloso empresário já provou que tem tudo para dar continuidade ao legado da personagem imortalizada por Adriana Esteves. Com uma pequena diferença: o ator encarna o primeiro vilão homossexual do horário nobre.

Rumores dão conta de que a condição de Félix gerou atrito entre o autor Walcyr Carrasco e Wolf Maya, o diretor da trama. Alheio à polêmica, Solano contou ao Famosidades que não se aprofundou no assunto para compor o papel.

"A própria vida da gente é um laboratório porque o mundo é gay, eu não fui procurar nada sobre homossexualidade porque estamos cheios de exemplos ao nosso lado."

No entanto, o ator leu diversos artigos sobre o nazismo para entender a fixação do malvado irmão de Paloma (Paolla Oliveira) pelo poder.

“A maldade existe em todo mundo e o ator tem que buscar isso em si. Tenho lido bastante sobre o assunto. O último livro que li foi ‘O Efeito Lúcifer’. Também li muito artigos e textos sobre o nazismo, poder e sedução. Vi alguns filmes também.”

Deu resultado. O personagem é um tremendo sucesso e chegou a virar meme nas redes sociais na primeira semana. Apesar do furor inicial, Mateus Solano tem perdido algumas horas de sono pensando no tom exato que deve imprimir ao vilão.

“Dá um certo medo de não passar uma coisa meio caricata, grotesca. Não fiz muitos vilões em toda a minha carreira. O mais 'mauzinho' era o Ronaldo Bôscoli, da minissérie 'Maysa', que nem era tanto assim”, contou.

O astro considera Félix o maior desafio de sua carreira, que completa dez anos em 2013. “O Félix não tem limites e, ao mesmo tempo, tem um humor danado. É um desafio que o Walcyr Carrasco colocou na minha mão. Ele até me disse: ‘Quero ver o que você faz com esse personagem’”, afirmou.