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Governador admite cortar ICMS para reduzir a tarifa de ônibus

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O governador Wilson Martins (PSB), ao desembarcar em Teresina (PI) no início da noite desta terça-feira (25), admitiu a possibilidade de desonerar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis para baixar a tarifa de ônibus na capital piauiense. 

Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com

De volta de Brasília (DF), após reunião de emergência convocada pela presidente Dilma Rousseff (PT), Wilson Martins afirmou que hoje a planilha que determina a tarifa de ônibus é uma "caixa preta" e há consenso com o prefeito Firmino Filho (PSDB) de buscar alternativas para melhorar o transporte público de Teresina. 

A passagem de ônibus hoje custa R$ 2,10, mas o valor é alvo de protestos desde 2011, quando manifestações mantiveram o valor de R$ 1,90. A majoração só ocorreu em 2012 com o sistema de integração das linhas. Atualmente, as empresas de ônibus alegam que o preço não é suficiente para arcar com as despesas do sistema, mesmo com a desoneração tributária feita pelo Governo Federal semanas atrás. 

"Vamos nos entender. O prefeito já está levantando o que vai ser possível. Eu disse a ele que precisamos sentar na mesa com os empresários, representantes dos manifestantes, estudantes, e abrir essa caixa preta. Saber quanto custa a passagem de ônibus e o lucro dos empresários", declarou o governador.

Segundo Wilson Martins, o Estado fará levantamento de quanto arrecada com óleo diesel. "Evidentemente que dentro das condições do Estado haveremos de construir juntos uma saída que possa reduzir o impacto e baixar os preços da passagem de ônibus em Teresina".


Wilson Martins desembarcou em jato particular. Ele avaliou como positiva a reunião de ontem com Dilma Rousseff e todos os outros governadores e prefeitos de capitais. O governador apresentou como pleito uma nova linha do metrô na zona Sul de Teresina.

Plebiscito e vandalismo
O governador defendeu uma reforma política urgente e afirmou que, apesar de polêmica, a proposta do plebiscito para uma nova Assembleia Constituinte deve ser analisada. Além disso, Wilson Martins declarou que o pacto pelas mudanças não pode ser somente com instituições e o Congresso Nacional, mas também com a população. 

"A voz que vem das ruas tem que ser ouvida. Saímos da reunião bastante animados porque houve o primeiro passo, que foi dado por quem deveria, que é a presidente Dilma Rousseff", disse o governador.


Wilson Martins condenou ataques e depredações nos Palácios de Karnak, sede do Governo, e Chagas Rodrigues, da Câmara Municipal, durante manifestações em Teresina. Ele disse concordar com os protestos e lembrou que era proibido de ler jornais como "O Pasquim" quando jovem, mas hoje as pessoas podem sair pelas ruas e soltar o grito de protesto entalado na garganta. 

"Os exageros e vandalismos, não vamos admitir. Vamos permitir o direito legítimo das pessoas se manifestarem. Mas o vandalismo será coibido", concluiu.

Yala Sena (flash)
Fábio Lima (da Redação)
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