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Boletim médico de jovem atropelado diz que estado é estavel

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Atualizada às 16h20

O Cidadeverde.com entrou em contato com a família de Paulo Patrick Silva de Castro e recebeu informações sobre o boletim de saúde do estudante, divulgado na tarde desta quinta-feira. De acordo com Morgana Silva, irmã mais velha do adolescente, o estado de saúde é grave, porém estável.

"Não houve alteração. Nossa preocupação é com o edema cerebral que continua grave, mas também temos que levar em consideração que não faz nem 12 horas da cirurgia", revela.

Atualizada às 16h20

A TV Cidade Verde realizou nesta quinta-feira (27) debate sobre a manifestação realizada em Teresina. O estudante Paulo Patrick Silva de Castro, 14 anos, foi atropelado na avenida João XXIII e segue em estado grave no hospital São Paulo. Os amigos do jovem estão manifestando apoio nas redes sociais.

Fotos: Evelin Santos e Helder Sousa/Cidadeverde.com

As 16h será divulgado novo boletim médico sobre o estado de saúde do adolescente, que teve traumatismo craniano, foi submetido a intervenção cirúrgica e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) sob cuidados.

Manifestações de apoio nas redes sociais.

“Ele é um atleta. Joga handebol na seleção piauiense e tem o sonho de representar o Brasil em competições. Ele é uma pessoa bastante brincalhona e extrovertido. Sempre foi muito carinho com a família”, conta o irmão de Paulo Patrick, Artur Silva.


O estudante foi atingido por um taxi quando tentava atravessar a via em local não sinalizado e não permitido. O menor de idade foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. O boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Rodoviária Federal no Piauí.

“Mesmo assim, acreditamos que foi uma fatalidade. Poderia ter acontecido com qualquer um. A violência é promovida por grupos isolados e ele sempre me acompanhou nos manifestos. Ele sempre se incomodou muito com as injustiças”, explica Artur Silva.


A Polícia Militar também esteve presente no debate. O assessor de comunicação, major Jorge Lima, analisou a atuação da PM durante o manifesto e anunciou que pessoas responsáveis por depredações serão responsabilizadas.

“Ontem não houve necessidade de intervenção da polícia. Não estávamos lá para enfrentar ninguém, mas para garantir a segurança. Até agora, já contabilizamos sete viaturas danificadas. Vamos identificar essas pessoas, que não consideramos manifestantes, e vamos entrar com ação por danos ao patrimônio público”, garantiu o militar.


O Ministério Público também se fez presente no encontro. A promotora de justiça Cláudia Portela desaprovou a violência emprega em casos isolados do manifesto. “Todos estão preocupados com a aproximação de pessoas que estão desvirtuando o processo”, disse.


Sobre Paulo Patrick
Um novo protesto já está marcado para esta quinta-feira. De acordo com Artur, o sentimento está divido. “Quero ir pro movimento porque meu irmão quer que eu esteja lá, mas quero ficar mais perto dele”, revela.

Paulo Patrick, de camisa azul, nas ruas, protestando.

Mesmo tendo apenas 14 anos e não sendo usuário diretamente de serviços públicos, Paulo Patrick era um cidadão indignado. “O que mais preocupa ela é a corrupção, o descaso com a saúde e com a educação”, conta o irmão.

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Artur revela, ainda, que a mãe está muito abalada e inconsolável. "Ela não queria que a gente fosse aos manifestos, mas recomendou que tivéssemos cuidado", explica.

A família procurou a assessoria da Strans e também a polícia para ter acesso às imagens do protesto, registradas pelas câmeras de segurança. "Queremos entender o que aconteceu", revela o irmão de Paulo.

Ele condenou, também, a postura do presidente da cooperativa Teletaxi. Fui procurá-lo e ele disse que não daria informações sobre taxista que atropelou meu irmão. Ele disse para pegar informações com a PRF", conta Artur Silva.

Lívio Galeno
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