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Corregedoria investiga promotor Eliardo Cabral por "desacato"

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Notabilizado por seu trabalho nos processos do crime organizado no Piauí, na década de 1990, e mais recentemente pelas investigações da morte da estudante Fernanda Lages, em 2011, o promotor Eliardo Cabral é alvo agora de processo administrativo do Conselho Nacional do Ministério Público. 


O corregedor nacional Jeferson Coelho determinou a abertura de processo administrativo para apurar a atuação do promotor. Ele foi enquadrado por supostamente agir com "conduta incompatível com o exercício do cargo, ao agir com rispidez, destratando servidoras públicas durante o cumprimento de mandado judicial".

Em julho de 2012, Eliardo Cabral foi condenado em ação movida por outro promotor Benigno Filho, por danos morais. A Justiça determinou a penhora de seu carro. O processo na Corregedoria Nacional do MP pediu a apuração de possível crime de "desacato". Na época, o promotor reagiu, em entrevista a uma emissora de TV, afirmando que as oficiais foram intransigentes.

A decisão de abrir processo administrativo foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (28).

Eliardo Cabral é considerado até hoje um dos nomes importantes para a condenação de réus do crime organizado no Piauí, responsável por mortes de pistolagem e outros casos que horrorizaram o Estado. Duas décadas depois, ele encampou o caso Fernanda Lages, que terminou com inquéritos inconclusos das Polícias Civil e Federal - apesar da última apontar indícios mais fortes para suicídio - a estudante caiu do prédio em obras do Ministério Público Federal em Teresina.

Fábio Lima
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