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Relatório da ONU cita calor de Bom Jesus nos extremos do mundo: 44,6º

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Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (WMO na sigla em inglês) citou o Piauí ao tratar das temperaturas extremas da última década, alguma delas as maiores já registradas nas diversas regiões do mundo. Chamou a atenção da entidade, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), o registro de 44,6ºC no município de Bom Jesus, 632 ao Sul da capital Teresina.

Fonte: WMO
Parte do mapa do estudo da WMO, que mostra temperatura em Bom Jesus

A temperatura foi registrada no dia 31 de janeiro de 2006 e usada como exemplo de picos de calor que marcaram o primeiro trimestre daquele ano. Em Bom Jesus, também são comuns os registros de baixa umidade do ar, aos níveis de alerta da Organização Mundial de Saúde. 

Um levantamento divulgado em abril pelo jornal O Globo (RJ) já havia apontado Bom Jesus como a cidade mais quente do Brasil, com base em temperaturas do último verão brasileiro. 

Pesquisa
Intitulado "Uma década de climas extremos (The Global Climate 2001-2010, A Decade of Climate Extremes)", o documento divulgado na última quarta-feira (3) mostra como temperaturas recorde foram percebidas entre 2001 e 2010, sendo não só as maiores do período como as mais altas dos últimos 50 anos. 


O mesmo relatório cita altas temperaturas em cidades do Marrocos, Norte da África, em agosto de 2003. A marca registrada em Bom Jesus empata com o recorde de Rabat e perde para Kenitra (47,7ºC). Já no deserto do Saara, o verão de 2002 teve temperaturas de 50,6ºC.

Mas a maior marca de todas citadas no estudo foi o calor de 53,3ºC em Mohenjo Daro, no Paquistão, em 21 de maio de 2010, recorde em toda a Ásia desde 1942. 

O calor excessivo é atribuído ao acúmulo de gases que causam o efeito estufa na atmosfera. Apesar da conclusão do relatório afirmar não ser possível atribuir os recordes de temperaturas às mudanças climáticas no planeta, especialistas acreditam que, em muitos casos, os eventos poderiam ter se dado de outra forma sem elas. 

O estudo ainda relata o furacão Catarina, que atingiu o Sul do Brasil em março de 2004 com ventos de 155 quilômetros por hora. O fenômeno foi registrado pela primeira vez no País e justo na década para a qual a WMO chama a atenção. Chuvas, enchentes e baixas temperaturas também foram observadas. 

Fábio Lima
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