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Deputados constituintes debatem reforma política e plebiscito no país

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O Jornal do Piauí, da TV Cidade Verde, realizou nesta sexta-feira (05) debate sobre a reforma política pensada para o Brasil com a participação de quatro deputados constituintes atuantes em 1988. No encontro, a realização de plebiscito convocado pela presidenta foi discutida.

Fotos: Evelin Santos/Cidadeverde.com

O encontro contou com a participação dos deputados federais Francisco Paes Landim, Átila Lira, Felipe Mendes e Jesus Tajra. Todos concordaram que para a realização de consulta popular é necessário mais tempo e planejamento.

“A reforma política é necessária, mas tem que ser bem discutida para que não se faça algo que não esteja adequado a realidade. Se for bem conduzida e esclarecida, ela pode atender as necessidades do povo”, defendeu o deputado Francisco Paes Landim.


Mesmo defendendo a reformulação, Átila Lira defendeu que o país não pode esquecer de modificar a tributação no país. Para ele, a reforma política não é o principal objetivo dos movimentos de protestos pelo Brasil e no Piauí. 

“Acompanhei todas as manifestações e não ouvi falar em reforma. Quem criou essa demanda foi o governo federal e a presidenta Dilma. Mas a reforma política sempre foi necessária há mais de 20 anos. Temos um executivo muito poderoso que faz, manda e desmanda e o legislativo só observa”, analisou o atual secretário Estadual de Educação.


Para Felipe Mendes, a atualização da Constituição Brasileira é oportuna. Na visão do ex-parlamentar, Carta Magna do país já nasceu desatualizada. “Em 1988 tínhamos, um pais em ebulição, mas aprovamos matérias que foram descartadas por países como Portugal. A constituição já nasceu defasada em alguns pontos. Precisamos dessa reforma para definir papel da União, Estados e Municípios para satisfazer as necessidades do povo”, disse. 


Já Jesus Tajra avaliou que pontos como o voto em sigla pode ser entendido como uma “distorção” da democracia. Na opinião do ex-deputado, a decisão “extingue” o vínculo entre os parlamentares e o povo. 

“Na nossa época, se bateu muito em fortalecer o legislativo. Na época, se discutiu a opção de adotar o parlamentarismo na tentativa de quebrar a força dos presidentes. Na época, defendi o parlamentarismo, mas perdeu no plebiscito. Sempre entendi que a maior representação da liberdade de um povo está no parlamento. Já o plebiscito pode até ser válido, mas não da forma como está. É necessário tempo e esclarecimento do povo”, esclareceu. 


Lívio Galeno
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