Os promotores de Justiça Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral anunciaram que não continuarão as investigações sobre o caso Fernanda Lages. Eles alegam que solicitaram afastamento das atividades da Procuradoria para poder estudar o caso, mas o pedido foi negado.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, o pai da estudante, Paulo Lages, lamentou o fato e não descartou que a família investigue o caso por conta própria. 

"O relatório tem mais de 3 mil páginas e requer tempo para ser estudado. O pedido dos promotores foi negado, claro, por influências superiores. Mas, acreditamos na Justiça de Deus e o povo do Piauí sabe quem são essas pessoas que têm interesse em arquivar o caso", declarou Paulo Lages.

O pai da universitária informou que assim que os promotores oficializarem o arquivamento do caso, a família irá se reunir com o advogado Lucas Villa para decidir sobre a possibilidade de uma investigação por conta própria. "Isso não está descartado, mas se nem o Ministério Público conseguiu elucidar este crime, imagine nós", disse, já descrente. 

Para a família, Fernanda Lages, 19 anos, foi vítima de homicídio. A jovem foi encontrada morta na obra do Ministério Público Federal. Após a investigação inconclusiva da Polícia Civil, a Polícia Federal entrou no caso e constatou que a jovem se suicidou ao atirar-se do sexto andar do prédio em construção. Os promotores contestam o resultado apresentado pela PF e compartilham da opinião da família.