O delegado geral James Guerra foi entrevistado nesta sexta-feira (12) no Jornal do Piauí e falou que a da Polícia Civil do Piauí está à disposição do Ministério Público para auxiliar nas novas diligências solicitadas pelos promotores Eliardo Cabral e Ubiraci Rocha. Ele também falou sobre a recente sequência de assalto de agências bancárias do interior do estado. 

Sobre o caso da morte da estudante Fernanda Lages, Guerra afirma que viu com estranheza o pedido de afastamento dos dois promotores. “Eles disseram que estavam sem estrutura. Mas todos nós trabalhamos sem. Achei um ato corajoso da promotora (Zélia Saraiva, procuradora geral do MP que não autorizou o afastamento de Eliardo e Ubiraci do caso). Era nosso desejo que eles permanecessem. Depois de tudo o que alardearam, o mínimo o que podiam fazer era permanecer. Os vi abatidos e derrotados, mas quero dizer que faremos tudo o que pudermos, pautados na realidade. Não queremos ver os promotores com a cara da derrota”, declarou.  

O delegado geral disse que a Polícia Civil estará à disposição do MP caso seja acionado pelo juiz. Entretanto, ele acrescenta que não conhece o procedimento chamado de “autópsia psicológica”, solicitado pelos promotores. “Desconheço que isso seja feito. Seria a primeira vez no mundo”, declarou, acrescentando que quando as diligências foram solicitadas, irá designar um delegado para cumprí-las. 

James Guerra diz que o Piauí chegou a passar por um hiato sem casos de assaltos com explosivos até os quatro casos na última semana. Ele acrescenta que o líder do bando responsável por uma série de crimes a agências bancárias preso ontem já havia sido detido outras três vezes.