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"Não acredito que licitação vá resolver o problema", diz Marcelino

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O diretor administrativo do Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina), Marcelino Lopes, reafirmou que não há possibilidade de diminuir a passagem de ônibus de R$ 2,10 para R$ 1,95, como recomendou o Ministério Público do Piauí. 

Fotos: Evelin Santos/cidadeverde.com 

"Essa recomendação só teria razão de existir se o valor da tarifa estivesse atualizado, mas não está. A auditoria durou mais de quatro meses e está sendo mantido o valor de R$ 2,10 desde maio de 2011. Não há como diminuir. As 15 capitais que diminuíram puderam fazer isso porque tinham aumentado o valor já neste ano", explicou o gestor.


O diretor acrescentou que a nível estadual ainda não foi confirmada a desoneração do ICMS e avaliou que a passagem de Teresina não está cara, mas sim em desacordo com a realidade socio-econômica da cidade.


"O transporte público de massas não está sendo melhorado há pelo menos 20 anos. Outros transportes têm isenção do IPI e do ICMS, como o táxi e o aéreo, por exemplo, mas não se faz nada pelo transporte público, principalmente na esfera federal", argumentou o gestor.


Atualmente, sete categorias não pagam passagem para utilizar o transporte público de Teresina. Marcelino destacou que o número representa 16% de gratuidade no setor. "Aumentar a tarifa requer maior investimento, por isso não acredito que a licitação vá resolver o problema. Diminuir o valor colocará em risco o equilíbrio do sistema", analisou.

Jordana Cury
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